De
acordo com o estudo dos pesquisadores Belardo,
Gevi & Zolla, deste ano, 2019, o transtorno do espectro do autismo (TEA) é
caracterizado por dificuldades persistentes na comunicação social e na
interação social. Além destas questões, distúrbios metabólicos são comuns e têm
sido associados à problemas de metilação e deficiência de antioxidantes,
gerados por deficiência de vitaminas do complexo B (B6, B9 e B12). Os exames principais para acompanhamento de
alterações no ciclo que envolvem estas vitaminas são o genético MTHFR e a
concentração plasmática de homocisteína.
A
carência destes nutrientes contribui para a neuroinflamação, problemas
imunológicos, redução da capacidade de desintoxicação. Além dos problemas
metabólicos e mutações genéticas, contribuem para a carência de nutrientes a
disbiose intestinal, que gera menor absorção.
No
estudo de Wetie et al, 2015, mostrou que crianças autistas possuíam uma
quantidade modificada de certas proteínas na saliva. Os exames são promissores
pois são indolores, podem ser feitos em casa (evitando o estresse de
deslocamento para um laboratório ou hospital), a coleta pode ser feita por
familiares. Contudo, todos os biomarcadores deveriam ser produzidos
exclusivamente pelo cérebro para que que o diagnóstico fosse mais fidedigno.
Isto ainda é um desafio mas pesquisas com marcadores como microRNAs continuam e
esperamos que no futuro possam ser utilizados a um custo mais baixo.
O
segundo estudo de 2018 (Anwar et al), avaliaram outro grupo de substâncias (produtos
finais de glicação avançada) em amostras de sangue e urina, de crianças entre 5
e 12 anos. Foi observado que as crianças com autismo possuíam concentrações
mais altas de N-carboximetil-lisina, N-carboximetilarginina e ditirosina no
sangue e maior quantidade de semialdeído glutâmico na urina.
Bom,
vamos aguardar novos estudos sobre o possível diagnostico, porém a
suplementação de vitaminas do complexo B pode ser prescrito pelos
Nutricionistas após avaliação do paciente.