A busca por
ergogênicos no esporte vem crescendo pelos atletas e frequentadores de
academia, que buscam meios para melhorar o desempenho e o resultado desejado
pelo exercício, aliado ao menor grau de fadiga e com melhor performance
atlética.
Se tratando de
nutrição esportiva, os suplementos nutricionais vem sendo utilizados amplamente
com o objetivo de aumentar as reservas energéticas, a oxidação de gorduras, elevar o anabolismo
proteico (ganho de massa muscular) e
também com o intuito de reduzir a percepção do esforço durante o
exercício físico.
Nesse sentido, a
cafeína vem sendo consumida com grande frequência antes da prática esportiva,
com o objetivo de protelar a fadiga e consequentemente aprimorar o desempenho
físico. Embora ela não apresente valor nutritivo, a cafeína é considerada um
ergogênico nutricional por estar presente em vários produtos alimentícios
comercializados e consumidos atualmente.
Os efeitos da
cafeína podem variar de pessoa pra pessoa, oscilando de acordo com o peso e a
regularidade que é consumida.
O efeito ergogênico
da cafeína tem sido demostrado com doses de duas
xícaras de café, já é capaz de promover uma ação no metabolismo das gorduras,
mobilizando o tecido adiposo dentro da célula e poupando a glicose circulante,
assim utiliza a gordura armazenada como fonte de energia. Os estudos ainda
apontam que a cafeína pode agir diretamente no músculo esquelético,
potencializando sua capacidade de realizar execícios de alta intensidade e
curta duração, aumentando a permeabilidade do cálcio para a contração muscular.
Estudos mais
recentes demostram também um aumento da força muscular, já que retarda a fadiga
muscular, possibilitando um maior grau de carga e repetições de execução do
exercício após a ingesta de cafeína. Acredita-se que esse fator há relação
direta com o sistema nervoso central por aumentar a ação e liberação da
noradrenalina e da adrenalina.
A dosagem indicada
de cafeína para obter o efeito ergogênico no execício físico varia de pessoa
para pessoa, podendo ser ingerida através de alimentos que contenham cafeína ou
ainda suplementadas em cápsulas, o que facilita a sua administração, pois
dependendo da dose a ser ingerida se torna intolerável um consumo muito alto de alimentos com
cafeína.
Abaixo está especificado a quantidade de cafeína
presente nos principais alimentos fontes dessa substância:
Quantidade de cafeína presente nas
principais fontes:
•1 xícara (150 ml) de café
infusão—————————–103 mg
•1 xícara (120ml) de café expresso—————————120
mg
•2g de pó café instantâneo————————————–60 mg
•2g de café descafeinado—————————————-3 mg
•1 xícara de chá infusão 1 min.———————————9-
33 mg
•1 xícara de chá infusão 3-5 min.——————————20-
50 mg
•1 xícara (180 ml) de chá verde——————————–30
mg
•1 lata de Red Bull Energy
Drink——————————-80 mg
•1 barra (30g) de chocolate
meio amargo——————–5-35 mg
•1 copo de Ice Tea————————————————32 mg
Vale ressaltar que
a cafeína se administrada em excesso
pode causar desconforto no usuário, contribuindo para o aparecimento de efeitos
colaterais, como tremores, nervosismo, agitação, ansiedade, insônia, desidratação,
colocando em risco sua integridade física e de saúde.
Assim sendo, a
cafeína desde que administradas em doses corretas, poderá promover uma melhor
eficiência no metabolismo energético e muscular durante a prática esportiva,
aumentando a lipólise (quebra de gordura, poupando glicogênio muscular e
retardando a fadiga), contribuindo para otimizar a performance, sendo uma
substância eficaz para uso como ergogênico nutricional, ressaltando que seu uso
se mal administrado poderá causar dependência e sintomas como dores de cabeça,
irritabilidade e cansaço, que poderão ser desencadeados pela interrupção do uso
da cafeína.
Portanto, procure um nutricionista
clínico para avaliar a dose certa de acordo com o seu biotipo e objetivo,
lembrando que indivíduos com determinadas patologias o uso é contra indicado.