NUTRIÇÃO NA PARALISIA CEREBRAL, AUTISMO E SÍNDROME DE DOWN:



O tratamento nutricional para estas condições são de extrema importância, deste modo segue abaixo alguns pontos importantes sobre cada uma.
Minha avaliação é completa e inclui metodologia diferenciada para esse público mais sensível devido a experiencia adquirida nos atendimentos na APAE.


 A Paralisia Cerebral (PC) é o problema de desenvolvimento mais comum nas crianças e onde a alimentação é fundamental.
A alimentação é uma das atividades mais importantes no crescimento e na manutenção da saúde e do bem-estar e, desde os tempos mais remotos, uma forma de socialização e convívio.
De uma forma geral, a alimentação de uma criança ou adulto com PC deve ser igual à da população em geral, cumprindo, claro está, os princípios de uma alimentação saudável. No entanto, e porque na maioria dos casos de PC existem problemas alimentares associados a esta condição, não são raras as vezes em que é necessário proceder a algumas adaptações e mudanças a nível alimentar. Os problemas mais frequentes e relevantes na PC são o baixo peso, o excesso de peso ou obesidade, a obstipação, as dificuldades de mastigação e/ou deglutição e a disfagia.

O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), caracterizado pela dificuldade de comunicação e socialização, comportamentos restritos, repetitivos e em alguns casos, agressivos.
Além dos comportamentos característicos, há uma série de desordens gastrointestinais devido à dieta de baixa qualidade, incluindo seletividade e rejeição ao alimento por parte do autista, além do possível comprometimento na fragmentação de peptídeos derivados do glúten (presente no trigo, cevada e malte) e da caseína (proteína do leite de vaca). Os principais sintomas associados são: dor abdominal, constipação intestinal, diarreia, inchaço, irritabilidade gástrica, inflamação intestinal e alteração na permeabilidade intestinal. Algumas crianças podem sofrer de múltiplos problemas gastrointestinais, inclusive episódios concomitantes de diarreia e constipação intestinal.
A Nutrição desempenha um papel importante nestas condições. Dietas com restrição de glúten e caseína; redução no consumo de alimentos industrializados, que são ricos em aditivos alimentares e pobres em nutrientes; restrição de açúcares refinados e suplementação nutricional beneficiam não só a saúde intestinal dos portadores de autismo como também seus comportamentos característicos.


As crianças com Síndrome de Down precisam de uma alimentação saudável e equilibrada como qualquer outra, mas com alguns cuidados especiais, o primeiro cuidado é com a quantidade de comida ofertada.
As crianças que têm a síndrome necessitam de menos ingestão calórica do que as que não têm.
O sobrepeso e a obesidade são mais comuns nas crianças com Síndrome de Down do que na população em geral. É mais frequente por conta do erro alimentar. E quando a criança chega à adolescência já obesa, a chance de vir a ser um adulto obeso é muito grande, o risco de insucesso no tratamento da obesidade é maior. O cuidado com a alimentação desde os primeiros meses de vida é, portanto, importante, assim como em crianças sem necessidades especiais.

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Estudos científicos recentes sobre a relação da poluição com Alzheimer, Parkinson e Esclerose:




FONTE DA IMAGEM: https://www.adweek.com

Um recente estudo de 2018 mostrou positiva correlação entre a poluição ambiental da região metropolitana da Cidade do México e agregação proteica em estruturas neurológicas, dado que pode desencadear processos inflamatórios que culminam em alterações cognitivas – como a doença de Alzheimer. Com esta correlação, os autores mostram que a doença de Alzheimer pode ter gatilhos iniciais nos primeiros anos de vida, especialmente quando há maior exposição a poluentes ambientais em regiões urbanas.

Em outro estudo de 2018, observou-se aumento na prevalência de Doença de Parkinson com o aumento na exposição a poluentes ambientais. Nesta análise, a exposição a dióxido de nitrogênio foi associado ao aumento de 4% na incidência desta patologia, podendo aumentar outras comorbidades associadas.

Casos de esclerose lateral amiotrófica também são associados à exposição a toxinas ambientais. Uma análise realizada com a população holandesa indicou maior risco de desenvolvimento da doença em pacientes no maior quartil de exposição a poluentes ambientais em longo prazo. Os autores ainda sugerem ações para o combate à poluição, com regulamentações mais apropriadas à realidade da população.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

*Matéria da vponline.com.br

1.GODINI, R.; FALLAHI, H.; EBRAHIMIE, E. A comparative system-level analysis of the neurodegenerative diseases. J Cell Physiol; 2018. doi: 10.1002/jcp.27330.

2.DIMAKAKOU, E.; JOHNSTON, H.J.; STREFTARIS, G. et al. Exposure to environmental and occupational particulate air pollution as a potential contributor to neurodegeneration and diabetes: a systematic review of epidemiological research. Int J Environ Res Public Health; 15(8):E1704,2018.

3.CALDERÓN-GARCIDUEÑAS, L.; GÓNZALEZ-MACIEL, A.; REYNOSO-ROBLES, R. et al. Hallmarks of Alzheimer disease are evolving relentlessly in metropolitan Mexico City infants, children and young adults. APOE4 carriers have higher suicide risk and higher odds of reaching NFT stage V at ≤ 40 years of age. Environ Res; 164:475-487, 2018.

4.SHIN, S.; BURNETT, R.T.; KWONG, J.C. et al. Effects of ambient air pollution on incident Parkinson´s disease in Ontatio, 2001 to 2013: a population-based cohort study. Int J Epidemiol; 2018. doi: 10.1093/ije/dyy172.



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RECEITA TESTADA DO PÃO DE TRIGO SARRACENO COM GERGELIM PRETO



Trigo sarraceno é semente completamente livre de glúten e não tem nenhuma relação com o trigo ou as gramíneas desta família.
A origem do seu uso é mais ligada à fabricação de ração animal do que o alimento como humanos, na Europa e nos Estados Unidos.
Sua popularidade como alimento humano veio na década de 1970, quando os seus benefícios do trigo sarraceno para a saúde tornaram-se conhecidos.
A semente é muito rica em nutrientes, e tem mais fibras do que a aveia.

SEUS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE SÃO:

·        Melhorar a circulação sanguínea, por ser rico em rutina, nutriente que fortalece os vasos sanguíneos;
·        Reduzir o risco de hemorragias, por fortalecer os vasos sanguíneos;
·        Fortalecer os músculos e o sistema imunológico, devido ao seu alto teor de proteínas;
·        Prevenir doenças e o envelhecimento precoce, devido à presença de antioxidantes como os flavonoides;
·        Melhorar o trânsito intestinal, devido ao seu teor de fibras;
·        Prevenir doenças cardiovasculares, por possuir gorduras boas;
·        Reduzir a produção de gases e a má digestão especialmente em pessoas intolerantes, por não conter glúten.

TABELA NUTRICIONAL DO TRIGO SARRACENO
Valores para um copo de trigo sarraceno cozido.

·        Calorias: 155
·        Proteína: 6 gramas
·        Gordura: 1 grama
·        Carboidrato: 33 gramas
·        Fibras: 5 gramas
·        Manganês: 86 miligramas
·        Magnésio: 86 miligramas
·        Fósforo: 118 miligramas
·        Niacina: 6 miligramas
·        Zinco: 1 miligrama
·        Ferro: 34 miligramas
·        Vitamina B6: 0,13 miligrama
·        Ácido fólico: 24 miligramas
·        Ácido pantotênico: 0,6 miligrama

PÃO DE TRIGO SARRACENO

Ingredientes:

1 + 1/4 xícaras de água
3 ovos
1/4 xícara de azeite de oliva
1/4 xícara de castanhas ou amêndoas
1 xícara de farinha de trigo sarraceno
1 xícara de farinha de arroz
1 colher de sobremesa de goma xantana
1 colher de café de sal
1 colher de sopa de açúcar demerara, mascavo ou de coco
1 colher de sopa de sementes linhaça marrom
1 colher de sopa de sementes gergelim preto
1 colher de sopa de fermento químico

Modo de preparo:

Bater no liquidificador a água, os ovos e o azeite. Adicionar o sal, o açúcar, as castanhas, a goma xantana e as farinhas de trigo sarraceno e de arroz. Continuar batendo até homogeneizar. Colocar a massa em uma tigela e adicionar as sementes. Adicionar o fermento e misture com uma colher ou espátula. Aguardar alguns minutos para massa crescer antes de colocá-la em uma forma untada. Levar ao forno pré aquecido a 180°C por aproximadamente 35 minutos ou até o pão estar assado.

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PROBIÓTICOS PODEM AJUDAR NA REDUÇÃO DO COLESTEROL



FONTE DA IMAGEM: https://www.lifeextension.com

Probióticos são microorganismos vivos, que vivem naturalmente no intestino humano e oferecem benefícios tanto imunológicos como digestivos, podendo ser encontrados no iogurte e através de suplementos, por exemplo.

A utilização de bactérias vivas tem ganhado atenção dos profissionais de saúde diante do seu importante papel na manutenção de uma microbiota intestinal saudável, a fim de  prevenir doenças crônicas, como as cardiovasculares, por exemplo.

Em estudos científicos, a bactéria, conhecida como Lactobacillus reuteri, demonstrou reduzir os níveis sanguíneos de colesterol LDL (o “mau” colesterol).

Os pesquisadores investigaram a cepa de Lactobacillus reuteri no qual poderia diminuir os níveis sanguíneos de ésteres de colesterol – moléculas de colesterol ligadas a ácidos graxos, uma combinação que corresponde à maior parte do colesterol presente no sangue e ultimamente está mais relacionado aos problemas cardiovasculares, pois estas moléculas acumulam-se mais facilmente às placas de gordura nas artérias.

Os cientistas têm proposto que as cepas de Lactobacillus afetam os níveis de colesterol de várias formas, incluindo a quebra de sais biliares. L. reuteri foi fermentado e formulado para otimizar o efeito sobre o colesterol e sais biliares. Os sais biliares são sintetizados no fígado pelos hepatócitos a partir do colesterol. O colesterol é eliminado do corpo pela conversão em ácidos biliares, os quais são excretados nas fezes e são, portanto, importante fonte de eliminação de colesterol do organismo.

O mecanismo mais significativo de excreção de colesterol é fornecido pelos sais biliares, tanto como um produto metabólico quanto como um solubilizador (bile). Sabe-se que uma parte do colesterol no intestino é modificada por bactérias, talvez pela incorporação de colesterol intestinal pelo microrganismo, ou pela desconjugação dos sais biliares (não serão reabsorvidos), ou ainda pela inibição da síntese de colesterol hepático e/ou redistribuição de colesterol do plasma para o fígado através dos ácidos graxos de cadeia curta.

Com base na correlação entre a redução do LDL e medidas dos ácidos biliares no intestino, os resultados do presente estudo sugerem que o probiótico desconjugou os sais biliares, levando à redução de LDL e da absorção de colesterol no intestino.

Outras pesquisas cientificas, relatam outros probióticos em prol dos benefícios da redução do colesterol, como L. Herveticus, L. Bulgaricus, L. Thermophilus, L. Acidophilus, porém necessitam de mais estudos para comprovação.


REFERENCIAS UTILIZADAS:

- VAGHEF-MEHRABANY, Elnaz et al. Effects of probiotic supplementation on lipid profile of women with rheumatoid arthritis: a randomized placebo-controlled clinical trial. Health promotion perspectives, v. 7, n. 2, p. 95, 2017.

- SHIMIZU, Mikiko et al. Meta-analysis: effects of probiotic supplementation on lipid profiles in normal to mildly hypercholesterolemic individuals. PLoS One, v. 10, n. 10, p. e0139795, 2015.

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BENEFÍCIOS DA ROMÃ PARA NOSSA SAÚDE




FONTE DA IMAGEM: https://www.naturalfoodseries.com

Está chegando a época do ano em que a romã entra em alta. Afinal de contas, essa é uma das fruta mais procurada durante as festividades de dezembro. Muitas pessoas a usam para diversas simpatias, mas a realidade é que essa fruta poderosa vai muito além das supertições e tradições de fim de ano. Para quem não sabe, a romã é uma fruta que oferece inúmeros benefícios para a saúde.
A romã é uma fruta muito utilizada como planta medicinal, e seu ingrediente ativo e funcional é o ácido elágico, que atua como poderoso antioxidante associado à prevenção do Alzheimer, redução da pressão e como anti-inflamatório para diminuir a dor de garganta por exemplo.

O SEU NOME CIENTÍFICO É PUNICA GRANATUM, E AS SUAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES PARA A SAÚDE SÃO:

·        Prevenir câncer, especialmente de próstata e de mama, por conter ácido elágico, substância que impede a proliferação descontrolada de células tumorosas;

·        Prevenir Alzheimer, principalmente o extrato da casca, que tem mais antioxidantes que a polpa;

·        Prevenir anemia, por ser rica em ferro;

·        Combate diarreia, por ser rica em taninos, compostos que aumentam a absorção de água no intestino;

·        Melhorar a saúde da pele, unhas e cabelos, por ser rica em vitamina C, vitamina A e ácido elágico, que são poderosos antioxidantes;

·        Prevenir doenças cardíacas, por ter elevada ação anti-inflamatória;

·        Prevenir cáries, aftas e gengivites, por ter ação antibacteriana na boca;

·        Fortalecer o sistema imunológico, por conter zinco, magnésio e vitamina C, o que também ajuda a combater infecções urinárias;

·        Reduzir a pressão arterial, por promover o relaxamento dos vasos sanguíneos;

·        Prevenir e melhorar infecções na garganta.

COMO FAZER O CHÁ DE ROMÃ

A partes que podem ser utilizadas da romã são o seu fruto, a sua casca, as suas folhas e as suas flores para fazer chás, infusões e sucos.

Chá de romã: colocar 10 gramas da casca em 1 xícara de água fervente, desligando o fogo e abafando a panela por 10 minutos. Após esse período, deve-se coar e beber o chá morno, repetindo o processo de 2 a 3 vezes por dia. Pode ser consumido quente ou frio.


FONTE DA MATÉRIA: http://www.halchalguru.in/health-benefits-pomegranate-fruit-juice/

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BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES




FONTE DA MATÉRIA:https://www.ricechiropractic.ca

Ao realizar uma refeição variada, ingerimos diversos nutrientes que podem ou não ser utilizados pelo organismo dependendo de alguns fatores, como as combinações alimentares que interferem na biodisponibilidade dos alimentos.

E o que é biodisponibilidade? O termo biodisponibilidade de nutrientes diz respeito a quanto vamos absorver e utilizar os nutrientes disponíveis nos alimentos. Isso varia de acordo com as interações que esse nutriente vai sofrer, com substâncias [como medicamentos] e até com outros nutrientes. Essas interações podem aumentar ou diminuir a biodisponibilidade dos nutrientes.

Por isso, ao pensar no que vamos almoçar, devemos nos preocupar com as combinações alimentares do nosso prato, pois elas devem favorecer a biodisponibilidade dos nutrientes.

ALIMENTOS QUE DEVEM SER CONSUMIDOS JUNTOS

Em alguns casos, o próprio alimento tem nutrientes que favorecem a absorção de outro, como no caso do leite, em que o açúcar presente nele [lactose] e a vitamina D aumentam a absorção de cálcio.

Outro exemplo é que ao consumir boas fontes de gordura, como os óleos vegetais e os azeites, aumentamos a biodisponibilidade de algumas vitaminas, como as vitaminas A e D.

As fontes vegetais de ferro, como os feijões e vegetais verde-escuros, tem sua biodisponibilidade aumentada ao inserir uma fonte de vitamina C (laranja, limão, acerola, pimentão, entre outras), potencializando a absorção e a utilização do ferro pelo organismo. Outro benefício de consumir frutas como sobremesa é que a frutose [açúcar presente nas frutas] também favorece a absorção do ferro.

ALIMENTOS QUE NÃO DEVEM SER CONSUMIDOS JUNTOS

Quem nunca comeu um hambúrguer com queijo ou estrogonofe? Essa combinação pode prejudicar a biodisponibilidade de alguns nutrientes, como o ferro.  O cálcio [presente no leite e queijos] compete com o ferro [presente na carne] e esses nutrientes acabam tendo a biodisponibilidade reduzida, pois nenhum é absorvido de forma eficaz.

O consumo de chá também deve ser evitado logo após as refeições, principalmente o chá mate e o chá preto, já que os taninos, substâncias encontradas nesses chás, diminuem a biodisponibilidade de zinco, ferro e proteínas presentes em alimentos como as carnes vermelhas.

Alimentos fontes de vitamina C [laranja, limão e acerola] não devem ser sempre consumidos com alimentos fontes de cálcio [queijos, leite, brócolis e espinafre], pois diminuem a absorção do cálcio dos alimentos.

Outro caso em que a própria composição do alimento pode alterar a sua biodisponibilidade é o do ovo. Apesar de o ovo possuir uma boa quantidade de ferro, ele possui baixa biodisponibilidade. Isso acontece porque o ovo contém substâncias que impedem a absorção de parte do ferro presente nele.

Também é recomendado o consumo de alimentos fontes de silício [espinafre, vagem, aveia, pepino, coentro, lentilha, manga, banana e frutas secas], um mineral importante na formação do colágeno pelo organismo. A vitamina C é um poderoso antioxidante e também favorece a síntese de colágeno pelo organismo.



FONTE DA MATÉRIA: 

https://www.natue.com.br

Dr James da Rice Family Chiropractic 
(https://www.ricechiropractic.ca/you-are-what-you-absorb-the-bioavailability-of-nutrients/)

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DISBIOSE E IMUNIDADE:



FONTE DA IMAGEM:  https://www.proprofs.com


Cada indivíduo possui uma microbiota individuali­zada que varia em número e espécie de bactérias, sendo influenciada por diversos fatores, como idade, genética, dieta, uso de medicamentos e estado de saúde. Isso torna a microbiota intestinal uma área de extensas pesquisas e com cada vez mais desco­bertas.

Quando tudo está bem, as bactérias que habitam nosso organismo ajudam a digerir e absorver os alimentos, estimu­lam o sistema imune, e junto com a camada epitelial intestinal formam uma barreira protetora no intestino. No entanto, quando essa população de microrganismos entra em desequilíbrio, prevalecendo a vontade das bactérias patogênicas, chamamos o quadro de disbiose intestinal.

Durante a manifestação de uma disbiose, o intestino apresenta-se com focos de inflamação, resultado do rompimento da barreira de proteção do intestino, tornando-o mais permeável e desprotegido. Sem a devida proteção, compostos tóxicos começam a penetrar no intestino até atingir a corrente sanguí­nea, resultando numa série de doenças capazes de acometer as mais diversas áreas do corpo.

A alimentação e o uso indiscriminado de alguns medicamentos são os maiores responsáveis pela alteração da flora intestinal. Medicamentos, como antibióticos, pílulas anticoncepcionais, inibidores da bomba de prótons, corticoides e anti-inflama­tórios, são capazes de modificar a flora e manter essa mudança por até 4 anos. Estudos relatam que, quando a penicilina oral é administrada em animais, a população total de bactérias anaeróbicas, incluindo as bactérias benéficas (principalmente as Bifidum­bactérias), é reduzida em 1.000 vezes. Com isso, há domínio das bactérias patogênicas e de fungos resul­tando em sua proliferação, consequente inflamação local, rompimento da barreira de proteção do intes­tino e surgimento de patologias.

Uma diversidade de doenças tem sido associada a esse desequilíbrio da flora intestinal. Obesidade, baixa absorção de nutrientes, doenças inflamatórias intestinais, diabetes tipo 2, doenças cardiovascula­res, desordens neurológicas e cânceres são algumas delas. Por outro lado, a ingestão de uma dieta rica em frutas, legumes e fibras, bem como o uso de suplementos de prebióticos e probióticos, favorecem uma melhor colonização bacteriana com prevalência de microrganismos benéficos.

O desenvolvimento do sistema imune depende das ‘instruções’ dos microrganismos comen­sais residentes do intestino (microbiota intestinal), local onde se encontra a maior presença de tecido linfoide, que possui alta quantidade de linfócitos (células de defesa do corpo)

As doenças associadas com respostas imunes anormais contra os antígenos e inflamações têm aumentado rapidamente ao longo dos últimos 50 anos, isso incluem a doença inflamatória do intestino (IBD), esclerose múltipla (MS), diabetes tipo 1 (DM1), alergias e asma.

Estudos recentes vêm identificando os organismos e seus mecanismos responsáveis por induzir o desenvolvimento imune dentro do hospedeiro, e dentre eles, as bactérias do gênero Lactobacillus mostram ter papel importante.

Popularmente, o intestino antes era visto somente como o órgão responsável pela absorção de nutrien­tes e formação de excrementos, um órgão passivo. Mas, estando aproximadamente 70% de todas as células imunes vinculadas ao trato gastrointestinal, esse órgão é ativo regulador do sistema imune, um sistema complexo de defesa onde as instruções precisam ser revistas constantemente já que os agressores mudam com frequência. Essa estrutura está organizada sob a mucosa do intestino (placas de Peyer) e cabe às bactérias benéficas protegê-las.

Neste campo de batalha, a administração de probióti­cos em conjunto com a ajuda das bactérias benéficas já existentes no local vão atuar de maneira compe­titiva com as bactérias patogênicas, exercendo sua ação de diferentes maneiras:

»» Digerem os alimentos e concorrem com os microrganismos patogênicos
»» Alteram o pH local criando um ambiente desfavorável para as bactérias maléficas
»» Neutralizam os radicais superóxido, reduzindo o estresse oxidativo da mucosa intestinal
»» Estimulam a produção natural de mucina (proteção da mucosa intestinal)
»» Concorrem por aderência com os patógenos
»» Modificam as toxinas das bactérias patogênicas
»» Aumentam os níveis de células de defesa no corpo



FONTE DA MATÉRIA: http://essentia.com.br/revista

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ESTUDO CIENTÍFICO: L-Arginina pode ajudar no emagrecimento:



Resultado de imagem para CONSUMPTION OF L-ARGININEA adiposidade visceral tem sido associada a maiores taxas de risco cardiometabólico do que outros tipos de adiposidade. A circunferência da cintura (CC) é o melhor substituto antropomórfico da adiposidade visceral. Reduções na adiposidade central podem diminuir o risco cardiovascular. Estudos demonstraram que a L-arginina reduz a adiposidade visceral e a massa gorda. O principal objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia da L-arginina para reduzir a adiposidade central em indivíduos obesos não diabéticos. Os objetivos secundários foram avaliar a eficácia da L-arginina para diminuir o índice de massa corporal (IMC), relação cintura-quadril (RCQ) e peso.
No estudo a L-arginina foi bem tolerada, sem eventos adversos clinicamente significativos. Os níveis séricos de L-arginina foram significativamente aumentados a partir dos valores basais tanto nas 6 como nas 12 semanas (p <0,05). A CC (média ± DP) diminuiu de 115,6 ± 12,7 cm no início para 109,2 ± 11,7 cm nas 12 semanas (p = 0,0004). O peso (média ± DP) diminuiu de 98,6 ± 19,7 kg no início para 95,7 ± 18,6 kg em 12 semanas (p = 0,015). Reduções significativas da linha de base também foram observadas no IMC e RCQ.

CONCLUSÕES:

A L-Arginina pode ser eficaz na redução da adiposidade central em pacientes obesos, uma nova alternativa para tratamento clínico nutricional.
Por isso, procure seu nutricionista e saiba como fazer esse tratamento.

REFERENCIA:

HURT, Ryan T. et al. L-arginine for the treatment of centrally obese subjects: a pilot study. Journal of dietary supplements, v. 11, n. 1, p. 40-52.

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ESTUDOS CIENTÍFICOS: Câncer e Consumo de Brássicas (crucíferas)


Resultado de imagem para consuming brassicas

Você sabe quais são as hortaliças brássicas ou crucíferas e quais são os seus benefícios para a saúde?

·        Couve-flor
·        Repolho
·        Brócolis
·        Couve-manteiga
·        Couve de bruxelas
·        Mostarda
·        Nabo
·        Agrião
·        Rabanete
·        Rúcula

Recentemente, um estudo conduzido em linhagem celular de câncer gástrico mostrou que os sulforafanos presentes no brócolis conferem efeito antiproliferativo e apoptótico,  atuações justificadas pela alteração em microRNAs que estão envolvidos nesta patogênese.

Em uma análise realizada com mulheres menopausadas que apresentavam histórico de câncer de mama observou-se redução de marcadores de estresse oxidativo com o consumo de 14 porções de brássicas por semana, durante 3 semanas. Para este resultado, analisou-se a excreção urinária de 8-isoprostane e 8-hidroxi-2-deoxiguanosina, marcadores que estão associados ao desenvolvimento de câncer.

Outro estudo, que também envolveu o consumo de brássicas por 10 indivíduos, indicou melhora na integridade do material genético com a intervenção. Este é um importante dado para redução do risco de alguns tipos de câncer, uma vez que o material genético desempenha grande importância no ciclo celular e reações proliferativas.

Portanto, conforme estudos novos (2017 e 2018), é importante incluir na alimentação diária esses alimentos principalmente quem possui a genética do câncer.


Referência Bibliográfica

1-ANDERSON, R.H.; LENSING, C.J.; FORRED, B.J. et al. Differentiating antiproliferative and chemopreventive modes of activity for electron-deficient Ary isothiocyanates against human MCF-7 cells. ChemMedChem; 13(16):1695-1710, 2018.

2-KIANI, S.; AKHAVAN-NIAKI, H.; FATTAHI, S. et al. Purified sulforaphane from broccoli (Brassica oleracea var. itálica) leads to alterations of CDX1 and CDX2 expression and chages in miR-9 and miR-326 levels in human gastric cancer cells. Gene; 2018. doi: 10.1016/j.gene.2018.08.026

3-WIRTH, M.D.; MURPHY, E.A.; HURLEY, T.G. et al. Effect of cruciferous vegetable intake on oxidative stress biomarkers: differences by breast cancer status. Cancer Invest; 35(4):277-287, 2017.



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