FONTE DA IMAGEM:http://www.nutraingredients.com
Devido inúmeras solicitações via E-mail, WhatsApp e Consultório, resolvi montar um post sobre a compra correta do ômega-3 para ajudar.
Os
Ácidos Graxos Poli-insaturados Omega-3 não são produzidos pelo corpo humano, e
por isso, devem ser obtidos por meio da alimentação.
O
EPA é um tipo de ômega 3 importante por sua ação anti-inflamatória, atuando na
produção de substâncias anti-inflamatórias chamadas prostaglandinas (E3),
enquanto que o DHA está mais ligado à saúde do cérebro e da retina dos olhos.
Além disso, o óleo de peixe também pode ser interessante para pessoas que
apresentam sintomas ou doenças de caráter inflamatório como celulite,
obesidade, artrite reumatoide, etc.
O
mais importante, e talvez o primeiro item, a ser observado no produto é se as
cápsulas contém vitamina E. Isso porque esta vitamina vai atuar como um
antioxidante, evitando assim a oxidação do óleo de peixe e mantendo a qualidade do
produto.
Outro
item que deve ser levado em consideração, a quantidade de EPA e DHA. O EPA e o
DHA são os compostos ativos do óleo de peixe e a porção do seu produto que vai
lhe dar o efeito esperado. Para isto, sua Nutricionista Clínica ou o Médico irá prescrever a dosagem necessária para você.
Em relação ao EPA e o ômega 6 (ácido araquidônico), o ideal é que esta relação seja
de 20% de EPA para 1% de ácido araquidônico (AA), Mas infelizmente nem todos os
rótulos especificam a quantidade de AA.
Um
ponto extremamente importante, e que nem todos os rótulos trazem, é observar se
o produto é livre de contaminantes ambientais: PCBs, mercúrio e dioxinas, que são substâncias nocivas a saúde e até cancerígenas.
É
bom observar, também, se a cápsula é de liberação intestinal, pois assim você
evitar ficar com aquele gosto de peixe na boca pelo restante do dia.
Finalizando
e não menos importante, é saber se o ômega-3 é na forma dos ácidos graxos em
Triglicerídeos (TG), naturalmente presente nos peixes de água gelada, pois
garantirá um aproveitamento 70% superior quando comparado à forma dos ácidos
graxos em Etil Ester (EE), presentes em outros óleos de peixe. Por isso, no
rótulo deve vir descrito essa informação se o ômega-3 é em forma de TG ou EE.
Assim, é necessário olhar com calma e atenção a estes itens mencionados acima. Uma
dica é o valor, se for muito barato pode ser que não seja um ômega-3 de boa
qualidade, pois o valor em média é próximo de cem reais ou mais. Porém não é
uma regra, sendo necessário ver rótulo sempre do produto antes de comprar. Para
ter um auxílio especializado, procure sua Nutricionista Clínica para lhe
ajudar.
REFERÊNCIA:
- VIDMAR, Marlon
Francys et al. SUPPLEMENTATION WITH OMEGA-3 AFTER RECONSTRUCTION OF THE ANTERIOR
CRUCIATE LIGAMENT. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte, v. 22, n. 2, p. 131-137, 2016.
- PAPPIANI, Caroline;
DAMASCENO, Nágila Raquel Teixeira. Impact of omega-3 fatty acid supplementation on
high density lipoprotein subfractions of smokers. Revista de Nutrição, v. 29, n. 4, p. 507-518, 2016.
- SOARES, Luciana
Arantes et al. Impactos nutricionais da ingestão alimentar dos ácidos graxos
ômega 3 e óleo de palma: uma revisão. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade,
Nutrição e Emagrecimento, v. 10, n. 56, p. 105-114, 2016.
- BORGES, Mariane
Curado et al. Ácidos graxos ômega‐3, estado inflamatório e marcadores
bioquímicos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: estudo piloto.
Revista Brasileira de Reumatologia, 2016.
- DE LIMA VIANA,
Dayse Emanuelle; DANTAS, Mikaeli Medeiros; DA SILVA MENEZES, Maria Emília.
ÁCIDOS GRAXOS DAS SÉRIES ÔMEGA-3 E ÔMEGA-6 E SUA UTILIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE
DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO. Revista Saúde & Ciência Online, v.
5, n. 2, p. 65-83, 2016.