A nova dieta: Lectina-free diet


Tenho recebido muitas perguntas aqui e no meu celular sobre essa nova dieta que vem sendo postada nas redes sociais e que nos sites internacionais - eu fazendo uma busca rápida -realmente percebi que virou uma febre com vários lançamentos de livros, e-books, revistas sobre o assunto.  Então resolvi explicar de uma forma bem simples  para vocês!

O glúten não é a única proteína do reino vegetal capaz de provocar inflamação em quem exagera no pão e na massa. Existem outras lectinas (grupo de proteínas presentes em sementes, grãos, cascas e crostas das folhas), que, assim como o glúten, são difíceis de serem digeridas. Nosso corpo desenvolveu mecanismos para dar conta de muitas delas, mas não de todas. Por isso, pessoas sensíveis ou intolerantes, podem não se dar muito bem com essas proteínas. Algumas sentem a barriga estufar logo depois de comer grãos e sementes (as principais fontes de lectina). Outras apresentam dores abdominais, crises de rinite e excesso de muco nas fezes. Mas esses sintomas são apenas a ponta do iceberg.

As lectinas são proteínas presentes em diversos alimentos, especialmente grãos e verduras. No corpo, ela se liga aos carboidratos e é responsável por realizar várias funções metabólicas. Porém, o excesso de lectina pode provocar problemas, e por esse motivo o seu consumo tem sido duramente criticado ultimamente. Mas, em contrapartida, muitos especialistas defendem que os benefícios dos alimentos ricos em lectina superam os potenciais efeitos adversos à saúde, e que simples precauções podem reduzir consideravelmente a quantidade de lectina do alimento, tornando-o seguro para o consumo.

 

COMO FAZER O DEMOLHO

 

É fácil. Mergulhe os grãos, sementes e castanhas em água filtrada com algumas gotas de limão ou vinagre. Use duas medidas de água para cada uma de grão e cerca de 1 colher (sopa) de vinagre ou limão ou bicarbonato para cada medida de água. Mantenha na geladeira e troque a água de duas a quatro vezes nesse período. Descarte a última água e coloque uma nova para o cozimento (a temperatura elevada também ajuda na redução das lectinas). Requer um pouco de organização, mas vale muito a pena. Veja abaixo o tempo ideal:

 

- Grãos mais rígidos –  de 24 a 48 horas: Feijões, grão-de-bico, ervilha, trigo, soja, milho seco.

- Grãos mais tenros – de 12 a 24 horas: Lentilha, quinoa, aveia, arroz integral.

- Sementes e castanhas – 12 horas: Sementes de chia, linhaça, girassol, abóbora e gergelim; nozes, castanha-do-pará, amêndoa.

 

Ainda ressalto que os métodos como o cozimento são eficazes na eliminação de substâncias indesejáveis, porém, vitaminas e minerais essências ao organismo também se desprendem durante esse processo. Por isso, é importante adotar técnicas menos agressivas como, por exemplo, o cozimento a vapor que preservam mais a integridade dos nutrientes e também ajudam eliminar as lectinas. Por fim, como regra de nutrição de ouro, a menos que você tenha intolerância alimentar, não há necessidade de cortar completamente os alimentos, por isso, consulte seu NUTRICIONISTA CLÍNICO para saber mais sobre este assunto.

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