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Uma
pesquisa publicada pelo pesquisador Robin Dando, cientista de alimentos da
Universidade de Cornell, nos EUA, descobriu mais um fator que pode explicar o
motivo que algumas pessoas não conseguem, por mais que tentem, emagrecer. A
culpa pode ser da língua.
Em
um estudo recém publicado, descobriu que, em ratos, o consumo de comida com
alto valor calórico reduz em até 25% o número de papilas gustativas.
Segundo
o pesquisador, o resultado desfaz o senso comum de que as pessoas ficam acima
do peso são assim simplesmente porque gostam mais de comer que os outros.
Outros estudos, que investigaram a atividade cerebral de pessoas com maior
Índice de massa corpórea, já havia demonstrado que o sistema de recompensas
apresentam menor atividade ao consumir algo gostoso, precisando comer mais para
liberar a mesma quantidade de dopamina.
A
explicação para isso pode ser física. Nossa língua tem entre 50 e 100 papilas
gustativas, divididas em três tipos majoritários, que apresentam funções
diferentes no trabalho de sentir os sabores. Essas células têm vida muito
curta, sendo completamente substituídas a cada dez dias.
Nos
ratos, o pesquisador analisou um típico específico de substância química
liberada pelo organismo nos processos inflamatórios, o TNF-alpha, encontrado em
maior quantidade em pessoas obesas. Ratos que foram geneticamente modificados
para não produzirem essa substância não tiveram redução no número de papilas
gustativas, apesar de terem ganho peso.
O
resultado sugere que essas células são muito sensíveis a essa substância, o que
provoca um efeito em cascata que termina por causar o ganho de peso.
O
pesquisador relata que nós – seres humanos - certamente não somos idênticos aos
ratos em nossa psicologia, mas nossas papilas gustativas funcionam de forma bem
similar. Os mesmos fatores relacionados à inflamação que nós pensamos ser
responsável pela perda do paladar são elevados quando nos tornamos obesos.
O
cientista Robin, acredita que o estudo pode ajudar a desenvolver novas
abordagens em busca da perda de peso, com maior foco na influência da percepção
de sabor no que as pessoas sentem.
Bom, agora é esperarmos por mais
notícias científicas sobre este assunto.
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