EMAGRECIMENTO x XENOBIÓTICOS


Chamamos de xenobióticos substâncias estranhas a um organismo (do grego: xeno= estranho; biótico: à vida). Podem ser encontradas em um organismo, mas não são normalmente produzidos ou esperados existir no mesmo. Substâncias orgânicas também podem se tornar xenobióticos se estiverem em excesso.
Podemos considerar como xenobiótico qualquer substância poluente presente no ar que respiramos, na água, os medicamentos em geral, hormônios sintéticos, etc.
Xenobióticos podem também ser adicionados propositalmente aos alimentos com algum objetivo, como os corantes e conservantes ou ser incorporadas “por acaso”, como toxinas de embalagens plásticas, causando, nos dois casos, diversos males à saúde.
Essas substâncias tornam-se tóxicas quando entram em contato com o organismo, modificando funções, bloqueando reações e causando inúmeras complicações até serem eliminadas. Algumas delas nem são totalmente eliminadas e, por serem lipossolúveis, se alojam no tecido adiposo (reserva de gordura), interferindo no metabolismo, no sistema nervoso e circulatório e causando, inclusive resistência à perda de peso.
A remoção dos xenobióticos é feita principalmente através da detoxificação realizada pelo fígado, que transforma as toxinas, substâncias lipossolúveis, em hidrossolúveis para que então possam ser eliminadas pela urina, fezes, respiração e suor. Porém, esta função pode ser prejudicada pelo próprio excesso de toxinas e pela ausência de uma alimentação adequada que forneça os nutrientes necessários à detoxificação.
Procure seu Nutricionista Clínico para saber mais e saber se a sua dificuldade de perda de peso pode ser devido aos xenobióticos.

ALGUNS DOS XENOBIÓTICOS PRESENTES EM ALIMENTOS:

- Agrotóxicos e adubos químicos: Verduras, legumes, frutas e grãos não orgânicos;

- Antibióticos e hormônios: Carne vermelha, frango e, consequentemente, ovos, leite e derivados. A água filtrada (não mineral) também pode conter resíduos de medicamentos e hormônios.

- Corantes e conservantes artificiais: Presentes na maioria dos produtos industrializados;

- Adoçantes (edulcorantes) artificiais: Presentes na maioria dos produtos light/ diet como sucos, refrigerantes, balas, iogurtes, pães, etc. Ex: Aspartame, Ciclamato, Sacarina e Acesulfame – K;

- Aditivos do plástico: Presentes em embalagens de plástico, rolo de PVC utilizado para cobrir alimentos e em alguns peixes. Têm maior afinidade por gordura, migrando para alimentos como queijos, manteiga e molhos cremosos. Aquecido ou congelado o plástico também libera as substâncias tóxicas. Pode estar presente em qualquer alimento industrializado e também na água tratada.

- Metais tóxicos (pesados):

Chumbo: presente na poluição, fumaça de carros, tinta de cabelo, batons, enlatados, agrotóxicos, pasta de dente, cigarro, etc.
Alumínio: panelas, latas e papel de alumínio, medicamentos como os antiácidos, desodorantes, sulfato de alumínio usado para o tratamento da água, aditivos usados na farinha branca e sal refinado.
Cádmio: pesticidas, mariscos, farinha branca, cigarro, aditivos, laticínios e carne.

Mercúrio: Alguns peixes, amálgama dentário utilizado em obturações, methiolate.

REFERENCIAS:
- NATIVIDADE, Danúzia Pacheco; DE ANDRADE RODRIGUES, Denise Celeste Godoy; DA SILVA VIEIRA, Valéria. Xenobióticos: frequência da inserção na dieta alimentar dos adoçantes artificiais com destaque para o Aspartame, Ciclamato de Sódio e Sacarina Sódica-possíveis efeitos adversos. Revista Práxis, v. 3, n. 5, 2017.
- LIMA, Liana Bezerra Dias de. Avaliação do risco ecológico por xenobióticos associado às atividades agrícolas. 2015.
- NASCIMENTO, Sabrina Nunes do. Possível inter-relação entre xenobióticos ambientais e efeitos sobre a saúde de crianças expostas. 2014.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS