CONSULTA PERSONALIZADA COM INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS:


Quem é meu paciente sabe que não realizo as consultas nutricionais sem exames laboratoriais, onde na consulta explico sobre cada exame realizado e alterações encontradas utilizando o VALOR IDEAL para prevenção de doenças e para evitar o uso (para vida toda) de um determinado medicado.

Não devemos olhar para aqueles valores de referência dos laboratórios porque se está no intervalo padronizado é normal, se estiver fora, doente. Se fosse dessa forma não seria necessário uma Nutricionista ou Médico treinado para avalia-los, qualquer pessoa seria capaz de analisar seus próprios exames, certo?

Para entender um pouco mais, vou chamar de intervalo de referência e não de valor de normalidade. O intervalo de referência é determinado com base em estudos onde uma parte da população é testada, chega-se ao valor médio para determinado parâmetro, daí então é padronizado o intervalo de referência onde considera-se dentro deste intervalo os valores de dois desvios padrão para mais e para menos do valor médio. Desta forma considera-se que 95% dos testados estão dentro do intervalo de referência.
Agora, vamos analisar melhor, será que 95% da população pode ser considerada saudável? Acredito que não. Logo, em uma análise crítica não devemos ter esse intervalo como sinônimo de valor de normalidade. Uma forma mais inteligente é dividir esse intervalo em quartis (divide-se o intervalo de referência em quatro) e a partir daí, junto com o conhecimento sobre o parâmetro a ser avaliado determinamos se o valor é normal ou não. Por exemplo, testosterona, na maioria dos laboratórios o intervalo de referência esta entre 200 e 800 ng/dl para homens, isso quer dizer que um homem de vinte anos com 200 de testosterona esta saudável?  Provavelmente não, visto que nessa idade o desejável é manter níveis no quarto quartil, entre 600 e 800.
Por outro lado, a ferritina, que tem intervalo de referência entre 10 e 291ng/ml na mulher, o ideal é mantê-la no segundo quartil, entre 80 e 140, visto que ela muito baixa pode significar deficiência de ferro e, muito alta, inflamação sistêmica, mesmo dentro do intervalo de referência. 

Apenas nas mãos de um profissional capacitado os exames laboratoriais trazem muito mais informações e são passíveis de muito mais interpretações do que simplesmente olhar se o resultado está no intervalo de referência ou não.

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