FONTE DA IMAGEM: http://www.healthyliving-us.com
Você
sabe exatamente tudo o que come? Às vezes pensamos que por fazer refeições
ricas em vitaminas, minerais e fibras estamos garantindo que teremos uma vida
mais saudável. Infelizmente, isso pode não ser verdade. Os vegetais que chegam
à nossa mesa podem estar contaminados por agrotóxicos de diferentes tipos, e
nos trazer danos à saúde muitas vezes irreparáveis.
Cada
vez que você come salada com pepinos, cenouras, alfaces e pimentões ou saboreia
morangos na sobremesa pode estar ingerindo doses homeopáticas de produtos
tóxicos.
Agrotóxicos
são substâncias químicas ou biológicas usadas para combater possíveis pragas e
doenças que possam causar danos às plantações. Existem três tipos: herbicidas
(agem sobre as ervas daninhas), inseticidas (combatem as pragas) e fungicidas
(atuam sobre os fungos que causam danos aos tecidos das plantas).
A
nocividade dependendo do tipo do agrotóxico pode muitas vezes chegar de
imediato, logo após a ingestão do alimento contaminado como: vômitos, náuseas, tonturas, vertigens, dores
de cabeça, cólicas abdominais, desorientação e dificuldade respiratória são apenas
alguns dos sintomas. Irritabilidade, nervosismo, tremores e convulsões também
podem ser desencadeados por esse tipo de intoxicação.
Como
se pode ver, a sintomatologia não é muito específica ou definidora. Por isso, é
sempre bom contar com acompanhamento médico nessas situações. Somente um
profissional de saúde habilitado poderá fazer o diagnóstico correto,
solicitando exames e testes esclarecedores e averiguando o histórico do
paciente como um todo. Nada de correr riscos, o importante é procurar ajuda
antes que o quadro evolua.
Em
2015, um caso que repercutiu muito na mídia, foi o do menino de sete anos
morreu depois de comer uma couve que estava contaminada com agrotóxicos, em uma
fazenda de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, onde morava com os avós. Após
passar mal, a criança foi levada ao hospital e morreu. De acordo com a Polícia
Civil, o menino teria comido uma porção de couve durante o almoço com a
família. A hortaliça era cultivada em uma horta da fazenda. A suspeita da polícia
é de que houve excesso na quantidade do agrotóxico ou aplicação incorreta do
produto.
O melhor é ter sua horta orgânica em casa ou comprar apenas alimentos orgânicos.
REFERÊNCIAS:
- MENEZES FILHO,
Adalberto. Desenvolvimento, validação e aplicação de metodologias para
determinação de resíduos de agrotóxicos em manga por SPME-GC-MS e
SPME-HPLC-UV-Vis. 2016.
- MARTINI, Luiz
Carlos Pittol et al. Uso da prescrição de agrotóxicos no Brasil: um estudo de
caso na região de Tubarão-SC. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 13,
n. 23, p. 71-82, 2016.
- DIAS, Isabel
Cristina Lopes et al. PROSPECÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA SOBRE MÉTODOS DE
DETECÇÃO DE AGROTÓXICOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA. GEINTEC-Gestão, Inovação e
Tecnologias, v. 6, n. 1, p. 2874-2884, 2016.
- CHAIM, ALDEMIR;
VALARINI, PEDRO JOSÉ; PIO, LUIZ CESAR. Avaliação de perdas na pulverização de
agrotóxicos na cultura do feijão. Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio
Ambiente, v. 10, 2015.
- CARNEIRO, Fernando
Ferreira et al. Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na
saúde. 2015.
- ARAUJO, Julyanner
Leite Mélo Regis de et al. Ação educativa contra o uso de agrotóxicos na
universidade aberta à Maturidade–UAMA/UEPB/BRASIL. In: V Congreso
Latinoamericano de Agroecología-SOCLA (La Plata, 2015). 2015.