Reduzir
a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta
do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados que conseguiu,
em sua 2ª fase, reduzir em até 10% o teor de sódio presente em 839 produtos. O
compromisso entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da
Alimentação (Abia) possibilitou que, em três anos (2011-2014), fossem retiradas
7.652 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que até 2020 as
indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal
do mercado brasileiro.
A
maior redução foi observada na categoria rocamboles, com queda de 21,11% no
teor de sódio, seguida pela mistura para bolo aerado - 16,6% - e maionese, com
queda de 16,23%. Todas as demais categorias também registram queda: bolos
prontos sem recheio (15,8%); bolos prontos com recheio (15%); batata frita e
batata palha (13,71%); biscoito doce (11,41%); salgadinho de milho (9,4%);
biscoito doce recheado (6,48%); mistura para bolo cremoso (5,9%); e biscoito
salgado (5,08%).
O
alimento industrializado não é o único responsável por todo o excesso de sal
que ingerimos. Precisamos cuidar muito da maneira que preparamos os alimentos
em casa e no que comemos nos restaurantes.
Mas
precisamos, principalmente, deixar de adicionar o sal nos alimentos já prontos,
isso significa retirar o saleiro da mesa. O Inquérito
Telefônico (Vigitel) mostra que o brasileiro acha que consome pouco sal, mas
consomem muito. Em média são 12g por dia quando deveríamos , no máximo, ingerir
5g.
Segundo
o Ministro da Saúde, conseguir retirar mais de 7 mil toneladas de sal é uma
parte importante no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis e
promoção da saúde do brasileiro. O impacto disso é a garantia de mais 4 anos de
vida e uma redução de 15% nos óbitos por Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Significa também que 1,5 milhões de brasileiros não precisarão de medicamentos
e vão poder controlar sua pressão com atividade física e alimentação saudável. É
um ganho de vida.