O
trigo moderno é muito diferente do trigo que nossos avós consumiam. É o
resultado de milhares e entrecruzamentos e hibridizações feitas nos anos 50,
resultando em uma planta diferente, com maior quantidade de amido e um glúten
mais problemático para o ser humano.
O
tipo de amido presente do trigo (amilopectina A) é o de mais fácil digestão,
produzindo aumento de glicose (e portanto de insulina) mais intenso do que o
consumo de açúcar de mesa (sacarose). É isso mesmo, uma fatia de pão integral
aumenta mais a sua glicose do que a mesma quantidade de sacarose (açúcar de
mesa).
A
Gliadina,
uma das proteínas do glúten, leva a um aumento da permeabilidade intestinal, o
que por sua vez permite que proteínas inteiras sejam absorvidas para a corrente
sanguínea, provocando reações de auto-imunidade.
O
glúten parcialmente digerido produz peptídeos denominados de "exorfinas",
um estimulante dos receptores opioides no cérebro, assim como a heroína. Estas
exorfinas aumentam a fome e levam a um verdadeiro vício no consumo de produtos
derivados do trigo. O simples bloqueio farmacológico das exorfinas já leva a um
consumo de 400 calorias diárias a menos. Ou seja, o trigo é um poderoso
estimulante do apetite.
Além
da conhecida Doença
Celíaca, na qual os pacientes tem dores abdominais, diarréia e
vários outros sintomas com o consumo de glúten, há um grande número de
patologias autoimunes associadas ao consumo de trigo. Podemos citar, por
exemplo, atrite reumatóide, lúpus, dermatite
herpetiforme, ataxia cerebelar, esclerose múltipla, colite ulcerativa, cólon
irritável, enxaquecas, entre outras. Muitos destes pacientes não
apresentam os sintomas de doença celíaca, mas tem os anticorpos para doença
celíaca. Outros tem estes anticorpos negativos e, não obstante, melhoram com a
retirada total do trigo.
Por
isso, procure seu Nutricionista Clínico para adequar sua alimentação em relação
ao glúten.