No
artigo “Intestinal Microbiota and Probiotics in Celiac Disease”, publicado na
última edição da revista da Sociedade Americana de Microbiologia, ClinicalMicrobiology Reviews, Fator de Impacto 17, pesquisadores do Programa de
Pós-Graduação em Ciência da Nutrição da UFV discutem o uso de probióticos como
novo tratamento para doença celíaca.
De
acordo com o estudo realizado pelos pós-graduandos, Luís Fernando de Sousa
Moraes e Tatiana Fiche de Sales Teixeira, com orientação da professora Maria do
Carmo Gouveia Peluzio e participação do professor visitante da Universidade de Turku, na Finlândia, Lukasz
Marcin Grzeskowiak, existe a hipótese de que a microbiota intestinal alterada
esteja de alguma forma envolvida na evolução da doença celíaca.
Assim,
os probióticos surgem como um adjuvante interessante no controle dietético da
doença.
Os
autores discutem as características da microbiota intestinal de indivíduos
portadores da doença celíaca. Consta no artigo, revisão de pesquisas onde foram
demonstrados que os níveis de algumas bactérias benéficas são reduzidos em
pacientes com doença celíaca. Comparações feitas entre crianças com a doença e
crianças saudáveis demonstraram que a microbiota intestinal delas são
diferentes.
As
portadoras de doença celíaca têm menos lactobacilos e bifidobactérias. Também
foram identificados probióticos específicos digerindo ou alterando
polipeptídeos de glúten. Assim, por serem ricos em bactérias, alimentos
probióticos podem beneficiar a saúde dos portadores da doença celíaca.