Todos
os dias, produzimos entre 0,5 l a 1,5l
de gases. Uma parte vem do ar que engolimos diariamente (ao comer, beber, falar
ou respirar). A outra, vem de uma
combinação mais complexa. Nos nossos intestinos habitam tantas bactérias quanto
cabem, se alimentando dos nutrientes que
ingerimos.
Esses
micro-organismos pagam hospedagem produzindo nutrientes benéficos para absorção
de alimentos no nosso corpo, e defendem o terreno onde vivem, evitando que
bactérias nocivas se instalem. O intestino delgado não é capaz de absorver
determinados carboidratos, devido a
ausência da enzima α-galactosidase. Esses açúcares vão para o intestino grosso,
onde estão alguns trilhões dessas bactérias.
Ali,
liberam enxofre, que se junta com
hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, mais dióxido de carbono e metano dos nossos
gases “naturais”, deixando aquele odor
característico da Flatulência. Eliminamos parte dos nossos gases
silenciosamente, em cerca de 15 flatos (em latim, sopros) diários, durante o sono ou quando evacuamos. Mas
quando passam da conta, e chegam poluindo o ambiente, pode ser resultado de má
absorção de carboidratos, ou aumento da atividade bacteriana local.
Carboidratos líderes na formação de gases:
· RAFINOSE: Feijões, lentilhas, ervilhas, brócolis, repolho…
etc...
· LACTOSE: Açúcar do leite de vaca (e derivados);
· FRUTOSE: Cebola, pêra;
· SORBITOL: Frutas como maçã, pêra, pêssego e ameixas secas;
· AMIDOS: Batatas, trigo, macarrão, batata-doce (O arroz é o
único amido que não produz gases);
· FIBRAS
SOLÚVEIS: Maioria das frutas muito
doces, aveia, feijões, ervilhas.