Novo estudo cientifico sobre Dermatite Atópica e alimentação:



A dermatite atópica é uma condição inflamatória da pele, caracterizada por vermelhidão, prurido (coceira) e lesões eczematosas (foto). Afeta principalmente crianças, sendo que 60% desenvolvem a doença antes dos 5 anos de vida. O tratamento envolve o afastamento dos fatores irritantes, como alérgenos alimentares, hidratação adequada da pele e controle da inflamação com medicamentos, como antihistamínicos e corticosteróides.
Como não há cura definitiva, pesquisadores têm buscados em terapias complementares uma alternativa para alívio dos sintomas. No que se refere à nutrição, sabe-se que alimentos alergênicos como leite, aditivos alimentares, trigo, soja, peixes, ovos, amendoim e ovos são importantes responsáveis pelos sinais da dermatite atópica. A exclusão destes alimentos reduz as manifestações dermatológicas em mais de 50% das crianças.
Probióticos (bactérias boas), principalmente bifidobactérias, tem sido administrados nestes casos, pois possuem ação imunomodulatória sobre o sistema imune adaptativo e inato intestinal, melhorando a barreira mucosa intestinal e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias no trato digestório. Outro suplemento indicado é o ácido gama-linolênico (GLA), presente nos óleos de borragem e prímula.  O mesmo possui efeitos antiinflamatórios na pele, diminuindo a coceira e o ressecamento. Quantidades devem ser discutidas com nutricionistas.
Em adultos existem estudos com fitoterápicos, como o chá de oolong, o ginseng, a erva de São Cristóvão e o alcaçuz, com bons resultados. Porém, outras pesquisas ainda são necessárias para avaliação da eficácia clínica e segurança, principalmente quando administradas por longos períodos.
Outra grande promessa, no tratamento da dermatite atópica, é a vitamina D. A mesma facilita a cicatrização das feridas e reduz a síntese de substâncias inflamatórias. Alimentos ricos em antioxidantes, como a vitamina A, vitamina E e zinco estão indicados.


Fonte: Oliveira, D. Abordagem nutricional funcional no tratamento da dermatite atópica. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, ano 14, ed. 58, p. 8-15. 2014.


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