Provavelmente
você já deve ter escutado: “A gente é o que a gente come”, eu ainda completaria
com: “A gente é o que agente come, ABSORVE E UTILIZA”. Não basta comer, a
digestão que se inicia na boca e que depende de uma boa mastigação (o que não
acontece na pratica de muitos), um adequado ph salivar, estomacal e intestinal,
e também de um intestino saudável.
O
intestino possui 10 vezes mais bactérias e 100 vezes mais material genético do
que o número total de células no organismo. É o habitat de mais de 100 trilhões
de micro-organismos de mais de 400 espécies.
Ter
um intestino saudável é essencial para qualidade de vida. Quando falo saudável,
não estou me referindo somente ao transito intestinal e sim no tipo de
colonização de bactérias probióticas, ou seja, bactérias que trazem benefícios
como produção de vitaminas do complexo B, vitamina K, enzimas digestivas,
absorção de nutrientes, redução dos níveis de colesterol, desintoxicação
hepática, maturação do sistema imunológico (GALT e MALT), entre outros inúmeros
benefícios ao corpo. O descontrole desta flora intestinal, ou seja, a
prevalência de bactérias patogênicas é chamada de disbiose intestinal.
Sintomas clássicos:
- Constipação e/ou
flatulências (constipação é caracterizada pela frequência, consistência, formato e sensação de
esvaziamento incompleto);
- Depressão (o
aminoácido triptofano que seria convertido em serotonina, o hormônio do bem
estar (e a melatonina), serão convertidos pelas bactérias patogênicas em outras
substancia tóxicas);
- Aumento da fome
por doces (estimulado pelas bactérias patogênicas, falta de serotonina e outros
nutrientes que ter sua absorção comprometida).
- Insônia (devida
redução de melatonina);
- Ganho de peso
(devido ao aumento de inflamações e queda da serotonina); ou baixo peso (devida
síndrome de má absorção);
- Aumento do
colesterol (devida a intoxicação que é gerada, favorecendo a um aumento do
colesterol endógeno, que é o produzido pelo próprio corpo);
- Permeabilidade
intestinal: que favorece a queda do sistema imunológico e aumento de
inflamações e reações alergênicas: como rinite, sinusite, artrite, celulite,
entre outros;
- Infecções
urinárias (de repetição);
- Micose;
- Acnes;
- Memória ruim (a
inflamação favorece a morte dos neurônios)
- Estresse (pela
falta das bactérias probioticas que são capazes de controlar os níveis de
cortisol)
- Sintomas
relacionados a falta de vitaminas e minerais (devida a grande inflamação,
permeabilidade intestinal, ph impróprio,
muitos nutrientes tem sua absorção prejudicada, favorecendo ao aumento
de ansiedade, queda de cabelo, unhas fracas, osteoporose, anemia, entre muitos
outros).
Causas:
Entre
as possíveis causas da disbiose estão: a idade, o estresse, não ter sido
amamentado por um tempo mínimo de seis meses (visto que no leite materno estão
as bactérias benéficas ao corpo e elas devem ser as primeiras bactérias a
colonizar o intestino), alimentação inadequada (rica em açúcares, fungos,
gorduras, pobre em vitaminas, minerais, fibras, etc.), constipação, uso de
medicamentos (como laxantes e antibióticos), má mastigação e digestão,
alteração do pH salivar, estomacal e intestinal e estado imunológico
debilitado.
O
tratamento da disbiose abrange duas linhas, uma dietética, por meio da ingestão
de alimentos que beneficiam a constituição da microbiota intestinal, e outra
usando medicamentos.
Para saber mais sobre este distúrbio intestinal,
consulte seu Nutricionista Clínico e saiba se você pode ter ou não e conhecer
os tratamentos.