De acordo com o
Diagnostic and Statical Manual of Mental Disorders (Manual de Diagnóstico e
Estatística de Desordens Mentais – DSM IV), o ataque de pânico é caracterizado
por um período distinto de medo intenso ou desconforto, no qual pelo menos
quatro dos seguintes sintomas tenham se desenvolvido abruptamente e alcançaram
o ápice em 10 minutos: palpitações ou taquicardia; sudorese; tremores; sensação
de falta de ar; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto abdominal;
sensação de tontura, vertigem ou desmaio; despersonalização (estar distanciando
de si mesmo); medo de perder o controle; sensação de formigamento; calafrios ou
ondas de calor. O tratamento atual, segundo o texto, consiste no uso de
medicamentos antidepressivos e terapia cognitiva comportamental. No entanto, o
que pode ocorrer com muitos indivíduos é uma alteração no metabolismo da
glicose, a hipoglicemia reativa. Os carboidratos constituem a principal fonte
de energia para o corpo humano, sendo a glicose o combustível preferido da
maioria das células. Os carboidratos variam em tamanho de sua estrutura e
velocidade de absorção. Aqueles que formam grandes estruturas – como os
carboidratos presentes em cereais integrais, vegetais e leguminosas – são
absorvidos de forma lenta; enquanto os que estão sozinhos ou se ligam a outro
carboidrato possuem uma alta velocidade de absorção, como é o caso daqueles
encontrados no mel, açúcar, melaço, doces, pães brancos e arroz branco. Ao
ingerir uma refeição composta majoritariamente por carboidratos simples
(presentes no mel, açúcar, doces, refrigerantes), estes irão chegar de forma
extremamente rápida à corrente sanguínea, o que provoca a elevação dos níveis de
glicemia.
O pâncreas, ao detectar o aumento de glicose, secreta uma enorme
quantidade de insulina para tentar conter a hiperglicemia. Dessa forma, os
níveis de açúcar caem muito rapidamente, podendo criar uma hipoglicemia
reativa. Os sintomas de hipoglicemia reativa são muito semelhantes aos do
Transtorno do Pânico: a pessoa sente palpitações, tremores, falta de ar,
sudorese, sensação de desmaio e calafrios. Assim, além de evitar o consumo de
alimentos ricos em açúcar e pobres em fibras, alguns nutrientes possuem grande
potencial na modulação dos mecanismos da insulina, como os minerais cromo,
vanádio e zinco, além de compostos bioativos presentes na canela e no chá
verde. Alguns exames podem ainda ser solicitados para complementar o
diagnóstico de hipoglicemia reativa, como Teste Oral de Tolerância à Glicose e
Índice Homa.
Sendo assim, uma
intervenção nutricional possui forte impacto no controle da hipoglicemia.