ESTUDO DE CASO PRÓPRIO: Alergia ao leite de vaca devido a beta-caseína A1A2 (beta-casomorfina-7)


Fonte da imagem: https://www.diabetesselfmanagement.com

Olá Pessoal!

Recentemente descobri que não possuo apenas a intolerância a lactose, isto porque cortei a lactose totalmente e continuei tendo os sintomas, na verdade os produtos sem lactose (aquele que dizem ter a enzima lactase) me faziam mais mal ainda do que os com lactose. 
Usar a enzima de lactase antes de consumir um produto lácteo, era ainda pior!
Assim, resolvi pesquisar o que poderia estar acontecendo, e foi graças à um médico muito querido do Hospital Vitória descobri que não tolero a beta-caseína A1A2 - a beta-casomorfina-7 (BCM-7) que existe no leite de vaca.
Fiz o teste retirando todo o leite da alimentação e incrivelmente tudo melhorou.
Existem exame especifico para ter certeza desta sensibilidade. 

Assim, espero ajudar outras pessoas e pacientes no consultório e garantir uma qualidade de vida.

Segue abaixo um post científico que explica mais sobre este fenômeno comparando com o leite de búfala que seria uma opção de substituição. 


Pesquisas recentes mostram que o leite de búfala não possui a beta-caseína A1, proteína ligada ao aparecimento de uma série de doenças, como inflamações intestinais, e responsável pelo desencadeamento de alergias que muitas pessoas apresentam ao consumir leite de vaca, que geralmente tem beta-caseína A1 e A2.

Pesquisas com leite de vaca têm mostrado que sintomas gastrintestinais similares aos da intolerância à lactose e outros, relativos ao sistema imune, decorrentes de seu consumo, podem ser atribuídos a um produto da digestão da beta-caseína A1: a beta-casomorfina-7 (BCM-7).
Em estudo com animais, a BCM-7 provocou alterações nas funções intestinais – como amplitude e frequência das contrações intestinais e aumento da secreção de muco, além da supressão da proliferação de linfócitos, que são células de defesa do organismo.

Algumas raças bovinas têm maior proporção de beta-caseína A2 (como a raça Gir), mas depende também da genética dos pais, mesmo sendo ambos da mesma raça. Para produzir leite bovino somente com beta-caseína A2 é necessária uma seleção do rebanho (melhoramento genético), o que começou a ser feito na Nova Zelândia, que já está produzindo esse tipo de leite bovino.

No caso do rebanho bubalino não há necessidade de nenhuma intervenção, uma vez que ele não tem a beta-caseína A1.
A beta-caseína A2 não produz o peptídio (fragmento de proteína) BCM-7, pois tem estrutura diferente da A1. Para pessoas que têm sensibilidade a esta última, a substituição do leite de vaca por leite de búfala pode ser uma opção interessante.

O leite de búfalas tem maior concentração de alguns nutrientes que o leite de vaca, caso das proteínas.
Quanto aos minerais, muitos estão presentes em quantidades similares ao leite bovino, mas o cálcio, ferro e fósforo estão em quantidades maiores, assim como a vitamina A.
Cabe lembrar que esse leite também tem maior teor de lipídios, o que é interessante do ponto de vista de produção de laticínios.
Estudos que compararam lipídios do leite de búfala aos do leite de vaca concluíram que o primeiro tem menor concentração de colesterol por 100 g de lipídios. Porém, como a fração desse nutriente é maior no leite integral de búfalas, isso implica em maior teor de colesterol e lipídios saturados em relação ao de vaca. Assim, o consumo do leite de búfala deve ser evitado por pessoas cujas dietas recomendam restrição de colesterol.

Fique atento!

Nem toda bolinha de muçarela que está na prateleira do supermercado é de búfala. Algumas marcas fazem um produto misto de leite de búfala e de vaca (atente para o rótulo) e outras oferecem a chamada fior di latte, que é a bolinha de muçarela de leite de vaca. Geralmente, são produtos mais baratos.

Fonte da matéria: FoRC – Centro de Pesquisa em Alimentos
 (http://www.fcf.usp.br/tbca/)

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Efeitos da vitamina K na atividade física: aumento da performance


Fonte da imagem: https://www.organicfacts.net

O termo vitamina K representa um grupo de compostos lipossolúveis, que são essenciais para diversas reações no nosso organismo, incluindo a homeostase da coagulação e metabolismo ósseo. Além destas funções, a vitamina K tem sido proposta para redução do risco de doenças cardiovasculares, por diminuir a calcificação vascular – condição determinante para a aterogênese.
Um ensaio clínico realizado com pacientes diagnosticados com doença coronariana identificou que a administração de vitamina K2 – forma considerada mais biodisponível - foi correlacionada com mudanças endoteliais, reduzindo a progressão da aterosclerose.
Outra análise, verificada a partir de dados de 42 pacientes que apresentavam risco de doenças cardiovasculares, também mostrou associação entre a administração de vitamina K2 e redução da progressão de aterosclerose, resultado que foi atribuído ao aumento, significativamente, dos fatores inibidores de calcificação.
Em atletas, a vitamina K pode otimizar as funções cardíacas durante o exercício. Um estudo randomizado, que envolveu 26 atletas treinados em exercício aeróbico, mostrou que a suplementação de vitamina K2 - por 8 semanas - foi responsável pela melhora da função cardiovascular, verificada pelo aumento no débito cardíaco, em 12%. Ainda, os autores complementam que a vitamina K participa de reações mitocondriais, contribuindo com a produção de energia durante o exercício.
Com isso, as atuações metabólicas e cardiovasculares da vitamina K podem aumentar a performance esportiva, quando atreladas a outras estratégias nutricionais, focadas na individualidade bioquímica do atleta.

Referências:
1-PALERMO, A.; TUCCINARDI, D.; D´ONOFRIO, L. et al. Vitamin K and osteoporosis: myth or reality? Metabolism; 70:57-71,2017.
2-MOZOS, I.; STOIAN, D.; LUCA, C.T. Crosstalk between vitamins A, B12, D., K, C and E status and arterial stiffness. Dis Markers; 2017.doi: 10.1155/2017/8784971.
3-SCHWALFENBERG, G.K. Vitamins K1 and K2: the emerging group of vitamins required for human health. J Nutr Metab; 2017.doi: 10.1155/2017/6254836
4-VOSSEN, L.M.; SCHURGERS, L.J.; VAN VARIK, B.J. et al. Menaquinone-7 supplementation to reduce vascular calcification in patients with coronary artery disease: rationale and study protocol (VitaK-CAC trial). Nutrients; 7(11):8905-15, 2015.
5-KURNATOWSKA, I.; GRZELAK, P.; MASAJTIS-ZAGAJEWSKA, A. et al. Effect of vitamin K on progression of atherosclerosis and vascular calcification in nondialyzed patients with chronic kidney disease stage 3-5.Pol Arch Med Wewn; 125(9):631-40, 2015.
6-McFARLIN, B.K.; HENNING, A.L.; VENABLE, A.S. Oral consumption of vitamin K2 for 8 weeks associated with increased maximal cardiac output during exercise. Alten Thern Health Med; 23(4):26-32,2017.


Fonte da matéria: Portal Científico VP

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Pesquisadora da USP produz chocolate funcional com probióticos


Fonte da imagem: https://www.guthealthproject.com


Novo chocolate funcional, produzido na USP, contém micro-organismos vivos que conferem mais benefícios à saúde humana. Além das propriedades antioxidantes presentes no cacau, os probióticos melhoram as funções gastrointestinais, reduzem o risco de constipação e a possibilidade de desenvolvimento de várias doenças como o câncer de cólon. A pesquisa, que foi feita na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, traz novas alternativas para o mercado de alimentos. O chocolate meio amargo poderá substituir os produtos lácteos encontrados nos supermercados que não podem ser consumidos por pessoas com intolerância à lactose, alérgicos ou com restrição de proteína animal.
Os probióticos aplicados ao chocolate foram o Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium animalis, semelhantes aos presentes naturalmente no organismo humano, mas que ao longo da vida vão se perdendo pelo consumo de alguns alimentos industrializados que afetam a flora intestinal, como o açúcar, abusos de medicamentos e o estresse.
Os micro-organismos têm um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico e estão associados ao combate de doenças gastrointestinais, redução da biossíntese do colesterol, inibição de células cancerígenas e possuem atividade antimicrobiana contra a Helicobacter pylori e diversos fungos. A ingestão regular e em quantidade adequada de probióticos restaura a flora intestinal e repovoa o organismo de bactérias boas.
Em laboratório, Marluci dividiu o processo de incorporação dos probióticos no chocolate meio amargo em duas etapas: na primeira, microencapsulou os probióticos com gordura vegetal por um método chamado spray chilling, onde a mistura de probióticos e a gordura vegetal aquecida foi atomizada a frio produzindo partículas lipídicas. O objetivo foi proteger os micro-organismos do contato com o oxigênio, com a umidade e demais ingredientes do chocolate; na segunda etapa, a pesquisadora preparou amostras de chocolate sem a encapsulamento dos micro-organismos. As amostras de chocolate foram produzidas em parceria com o Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Em ambos os processos, segundo a pesquisadora, tiveram resultados positivos em relação à possibilidade de o chocolate meio amargo ser uma matriz alimentícia aceitável para a incorporação dos probióticos. Porém, a técnica que utilizou spray chilling se mostrou mais eficiente porque a digestão da gordura, que neste caso encapsulou os bioativos, ocorreu no intestino, onde os micro-organismos efetivamente possuem melhor ação. Nos dois processos, os micro-organismos sobreviveram, havendo, inclusive, a manutenção da quantidade de bactérias.
Depois de pronto, o chocolate foi avaliado por cem provadores para comprovar a aceitação do produto que teve nota acima de sete em uma escala de nove pontos. Perguntado aos voluntários se comprariam o chocolate funcional quando estivesse no mercado, cerca de 75% demonstraram intenção de compra.
Segundo a pesquisadora, considerando a boa aceitação do chocolate, a manutenção da viabilidade dos probióticos e o efeito antioxidante pela presença dos compostos fenólicos no cacau, os resultados da pesquisa indicaram o potencial do produto para a diversificação dos alimentos probióticos disponíveis no mercado, conclui.


Fonte da Matéria: Jornal da USP 

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ARTIGO CIENTÍFICO PUBLICADO: The Open Sports Sciences Journal


Olá Pessoal!

É com enorme alegria que divulgo aqui no blog mais um estudo científico publicado, agora na conceituada revista The Open Sports Sciences Journal, com os professores Eduardo, Oslei e Gleidson.

Agradeço imensamente à todos!

Segue link para acesso ao artigo na integra inglês/português:

·        Equation to Fat Percentage Estimation in Women with Reduced Bone Mineral Density
·        The Open Sports Sciences Journal, 2017, 10: 251-256
·        Electronic publication date: 29/12/2017
·        Collection year: 2017
·        Publisher Id: TOSSJ-10-251
·        DOI: 10.2174/1875399X01710010251



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