Um
artigo científico publicado por pesquisadores da Unicamp num periódico online
pertencente ao grupo Nature alerta
para os riscos do uso do adoçante sucralose, especificamente, em alimentos e
sobremesas quentes, como chás, cafés, bolos e tortas. Os principais resultados
do estudo indicam que, quando aquecido, o adoçante torna-se quimicamente
instável, liberando compostos potencialmente tóxicos e cumulativos ao organismo
humano.
Derivado
da sacarose, o nosso açúcar de mesa, a sucralose é o adoçante mais consumido no
mundo e liberado irrestritamente pelos principais órgãos de segurança
alimentar, incluindo o Food and Drug
Administration (FDA), dos Estados Unidos, o Joint Expert Committee on Food Additivies (JECFA), da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil.
No
estudo que gerou a publicação no periódico online de acesso livre Scientific Reports http://www.nature.com/articles/srep09598 o professor Rodrigo Ramos
Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp, e os
pesquisadores Diogo Noin de Oliveira e Maico de Menezes demonstraram que,
quando aquecida, a sucralose torna-se quimicamente instável, liberando
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados (HPACs), compostos tóxicos,
cumulativos no organismo humano e potencialmente cancerígenos.
“Com
a queima das moléculas da sucralose há a formação de HPACs, uma família de compostos
que têm muita facilidade para se tornarem tóxicos e mutagênicos. Isso acontece
na sucralose por conta de um rearranjo das moléculas, quando elas são
aquecidas. Outro fator preocupante é que esta substância liberada pelo
aquecimento da sucralose é extremamente cumulativa no nosso organismo”, explica
o professor Rodrigo Ramos Catharino, que coordena o Laboratório Innovare de
Biomarcadores da Unicamp e atua junto ao curso de Farmácia da FCF.
Bom, a sugestão nutricional é ter
cautela no uso deste adoçante a partir de agora, ou substituir pelo adoçante
stévia ou açúcares mais saudáveis como mascavo, orgânico ou demerara.