Os gregos antigos
faziam oferendas à deusa Afrodite - a deusa do amor - com romãs, porque
acreditavam que a fruta alimentava o amor. Outros a consideram símbolo da sorte
e comem romãs na passagem de ano, guardando algumas sementes na carteira, para
ter sorte o ano todo. Além de amor e sorte, a romã é a fruta da saúde, tantos
são seus efeitos benéficos.
Os constituintes da
fruta que tem propriedades terapêuticas vêm sendo intensamente estudados.
Os ácidos gálico,
elágico e protocatequínico presentes na romã, barram moléculas que danificam a
estrutura celular, desencadeando o câncer. Além deles, há doses concentradas de
antocianinas, substâncias reconhecidamente anticancerígenas que lhe conferem a cor
avermelhada.
Uma publicação
recente no periódico científico Atherosclerosis, da Sociedade Européia de
Aterosclerose, diz que a romã ajuda a reduzir os teores de colesterol. Médicos
examinaram os níveis da gordura no sangue de 20 voluntários, antes e após o
consumo diário do suco da fruta, e, assim, notaram que houve uma significativa
queda do LDL, a fração do colesterol associada ao entupimento dos vasos.
E, ainda, os
antioxidantes existentes na fruta são bastante eficientes para proteger o
organismo dos radicais livres, os grandes agentes de envelhecimento da pele.
Pesquisas realizadas na Universidade Hallym, na Coréia do Sul, apontaram que as
células da pele tratadas com o extrato da romã, sentiram menos os efeitos da
radiação ultravioleta.
Para usufruir de tantos predicados, a romã pode ser
usada em sucos, salpicada em saladas ou como ingrediente de molhos ou
sobremesas. Com a casca, é possível fazer chá, que preserva os benefícios da
fruta e, ainda auxilia na redução dos sintomas da menopausa, já que possui ação
similar ao estrogênio - hormônio cuja produção é diminuída com o
envelhecimento, causando os sintomas desagradáveis nesse período.