Fique de Olho! Os rótulos de alimentos podem te enganar...


De acordo com um estudo, com o tempo, as pessoas em dieta aprenderam simplesmente a evitar alimentos reconhecidos como proibidos, com base no nome do produto, como no caso de massas, por exemplo. No caso de saladas, consideram sempre uma opção saudável, mesmo que nela contenham salame ou molho gorduroso. Não consideram a qualidade dos alimentos presentes, associando o nome do produto a algo saudável ou não saudável, sem se preocupar com outras informações do produto, que poderiam alterar em muito suas escolhas.
Além dessas confusões, os consumidores apresentam muitas outras dúvidas e acabam utilizando os alimentos de forma inadequada.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável pela regulação da rotulagem de alimentos que estabelece as informações que um rótulo deve conter, visando a proteção à saúde da população.
Algumas informações são fundamentais para se escolher um produto alimentício, evitando, assim, possíveis enganos.
Atenção à porção da embalagem: muitas vezes a porção do alimento descrita é menor do que a que está na embalagem, podendo induzir o consumidor a ingerir uma quantidade maior do mesmo, favorecendo o aparecimento da obesidade.
Um valor energético baixo corresponde a até 40 kcal/100g. Esta informação deverá ser usada de acordo com o plano alimentar e complementada com a qualidade do alimento, pois existem substâncias que podem auxiliar na perda de peso e na absorção do açúcar, como as fibras, por exemplo. Além disso, o tipo de gordura usada também influencia nossa saúde, como as gorduras polinsaturadas ômega 3, que auxiliam no emagrecimento e na prevenção de doenças cardiovasculares.
Atualmente para o alimento ser considerado com baixa quantidade de sódio deverá ter no máximo 80 mg/100g. Para hipertensos, devem ser evitados produtos que contenham sacarina e ciclamato de sódio, que, embora sejam adoçantes, são substâncias que contêm sódio.
A Lista de ingredientes informa os ingredientes que compõem o produto. A leitura dessa informação ajuda o consumidor a identificar a composição do alimento, como tipos de açúcar, como por exemplo: sacarose, glicose e xarope de milho. Nos últimos 40 anos, desde a introdução do xarope de milho rico em frutose como adoçante na dieta norte-americana pela relação custo-benefício, as taxas de obesidade dispararam nos EUA. No Brasil, este substituto do açúcar convencional está presente em alguns alimentos processados, como: pães, bolos, barras de cereais e ketchups. Outros ingredientes preocupantes são os corantes, principalmente o corante amarelo tartrazina ou amarelo crepúsculo, que podem provocar processos alérgicos diversos e hiperatividade em crianças.
Como vimos, os rótulos de alimentos nos fornecem informações valiosas, que devemos aproveitá-las e lê-las com atenção antes de comprarmos um produto.
Porém, a preocupação e conscientização da população por um estilo de vida mais saudável deve andar em conjunto com a Educação Nutricional, a fim de que a população saiba usar seu poder de escolha com segurança, adquirindo produtos de qualidade, não apenas para saciar sua fome e prazer, mas principalmente para a prevenção nutricional e promoção da saúde.

Para entender e aprender a verificação correta dos rótulos de alimentos, consulte seu nutricionista clínico.
 

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