SAÚDE GÁSTRICA: Conheça a alimentação medicinal!



As doenças do estômago mais comuns são a dispepsia funcional (na qual há desconforto gástrico sem alterações estruturais), a gastrite (caracterizada por inflamação visível do órgão) e a úlcera gástrica, na qual a mucosa estomacal apresenta ulcerações. Em todos os casos citados, a patogênese inclui colonização gástrica pela bactéria Helicobacter pylori, secreção deficiente de muco, inflamação da mucosa e aumento do estresse oxidativo. Tais fatores sofrem grande influência da dieta, ou seja: uma boa alimentação pode prevenir ou tratar eficientemente as doenças do estômago.
Um grande mito que permeia o tratamento de úlceras e gastrites é o de que a ingestão de leites e derivados é benéfica nestas patologias. Na verdade, o leite até pode aliviar os sintomas logo quando é ingerido, pois reduz a acidez estomacal, mas como é um alimento extremamente rico em proteínas, acaba por estimular ainda mais a secreção ácida, causando piora dos sintomas, minutos depois. Há também grande possibilidade de uma alergia às proteínas deste alimento aumentar a inflamação gástrica, agravando o quadro.
Alimentos contendo cafeína podem predispor o estômago à infecção por H. pylori. Por isso, café, chá mate, chocolates e refrigerantes podem piorar quadros de gastrites e úlceras. O sal em excesso é outro potente agressor do estômago. Pode causar dano tecidual e até aumentar o risco de câncer gástrico. Sendo assim, alimentos demasiadamente salgados, além de enlatados e embutidos, são também contra-indicados em doenças gástricas. Bebidas alcoólicas agridem diretamente as células estomacais, aumentando o estresse oxidativo. São também prejudiciais ao tratamento de doenças do estômago.
A informação de que a dieta de portadores de úlceras e gastrites deve ser restrita em condimentos é extremamente difundida. A ciência, porém, tem demonstrado atividade antiulcerogênica de alguns temperos naturais, como a cúrcuma e o alecrim. A piperina presente na pimenta do reino, porém, tem demonstrado aumentar a secreção ácida no estômago, tendo efeito negativo sobre o tratamento de úlceras e gastrites. Quanto à tão temida pimenta vermelha, não há indícios de que possa agravar quadros de doenças gástricas. Têm sido descritos como antiulcerogênicos também vegetais da família das brássicas, como couve e repolho, e fitoterápicos, como Aloe vera e espinheira santa. Como cada organismo é único, indivíduos diferentes podem apresentar reações distintas à ingestão de diferentes alimentos. A tolerância individual deve ser sempre respeitada.
O tratamento medicamentoso incorreto de tais patologias, visando redução dos sintomas sem focar em suas causas, pode acarretar em consequências sérias. Os medicamentos redutores da acidez estomacal podem aliviar sintomas das doenças do estômago, mas seu uso em longo prazo ou em casos desnecessários resulta em um ciclo vicioso, em que as deficiências de micronutrientes e a baixa acidez estomacal facilitam a colonização por H. pylori. Sendo assim, o paciente não consegue se livrar do medicamento ou da doença.
A elevada ingestão de leite e derivados, alimentos salgados, frituras, bebidas alcoólicas e alimentos contendo cafeína contribui fortemente para a grande prevalência de dores e desconfortos estomacais em países ocidentais. A nutrição exerce papel central na homeostase do estômago, sendo essencial para a prevenção e o tratamento de suas doenças.
Consulte sempre seu Nutricionista Clínico!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1.      ANTHONI, S.; SAVILAHTI, E.; RAUTELIN, H.; KOLHO, K.L. Milk protein IgG and IgA: the association with milk-induced gastrointestinal symptoms in adults. World J Gastroenterol; 15(39):4915-8, 2009.
2.      BRENNER, H.; ROTHENBACHER, D.;  BODE, G.; ADLER, G. Relation of smoking and alcohol and coffee consumption to active Helicobacter pylori infection: cross sectional study. BMJ; 315(7121): 1489–1492, 1997.
3.      DIAS, P.C.; FOGLIO, M.A.; POSSENTI, A.; DE CARVALHO, J.E. Antiulcerogenic activity of crude hydroalcoholic extract of Rosmarinus officinalis L. J Ethnopharmacol; 69(1):57-62, 2000.
4.      EAMLAMNAM, K.; PATUMRAJ, S.; VISEDOPAS, N.; THONG-NGAM, D. Effects of Aloe vera and sucralfate on gastric microcirculatory changes, cytokine levels and gastric ulcer healing in rats. World J Gastroenterol; 12(13):2034-9, 2006.
5.      FURIHATA, C.; OHTA, H.; KATSUYAMA, T. Cause and effect between concentration-dependent tissue damage and temporary cell proliferation in rat stomach mucosa by NaCl, a stomach tumor promoter. Carcinogenesis; 17(3):401-6, 1996.
6.      KLEINER, M.; ANDRÉ, S.B.; SAPORITI, L.; LAUDANNA, A.A. Papel do pantoprazol em baixa dose no tratamento ambulatorial da dispepsia funcional, das gastrites e da esofagite de refluxo leve. Rev Bras Med; 59(5):405-412, 2002.
7.      MÓZSIK, G.; SZOLCSÁNYI, J.; DÖMÖTÖR, A. Capsaicin research as a new tool to approach of the human gastrointestinal physiology, pathology and pharmacology. Inflammopharmacology; 15(6):232-45, 2007.
8.      ONONIWU, I.M.; IBENEME, C.E.; EBONG, O.O. Effects of piperine on gastric acid secretion in albino rats. Afr J Med Med Sci; 31(4):293-5, 2002.

9.      SANTOS-OLIVEIRA, R.; COULAUD-CUNHA, S.; COLAÇO, W. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Rev Bras Farmacog; 19(2B): 650-659, 2009.


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CELULITE: "Ela é o que você come"...


Inflamação é a resposta do organismo frente a agressões físicas, químicas ou biológicas, quando o sistema de defesa aciona modificações hormonais, metabólicas e celulares. A região inflamada costuma apresentar aumento da vascularização e conseqüente dor, calor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço), podendo culminar na perda de função do tecido ou órgão, quando a ação passa de localizada e temporária a sistêmica e crônica - condição que pode favorecer da celulite ao câncer, passando pelos conhecidos sintomas respiratórios e pela dificuldade de emagrecer.
Fatos, como celulite presente em mulheres magras e ganho de peso insistente, apesar de dietas hipocalóricas, costumam ser vistos como grandes enigmas metabólicos, quando, na verdade, decorrem de processos inflamatórios desencadeados por uma combinação de maus hábitos alimentares, sedentarismo e herança genética.
A celulite, na verdade, é uma inflamação crônica, caracterizada por gordura aprisionada nos tecidos, que dificulta a renovação celular. Ainda, a inflamação reduz as atividades funcionais das células dos tecidos dérmico e subcutâneo, comprimindo vasos sanguíneos e linfáticos e causando não apenas a celulite, como também a deposição de gordura em diversas células, a acne, a flacidez e o envelhecimento precoce.
O funcionamento celular e de cada órgão ocorre na sua plenitude apenas quando o organismo está livre de toxinas e substâncias inflamatórias e recebendo todos os nutrientes necessários para suas funções, proporcionando um estado de equilíbrio capaz de controlar a integridade dos tecidos e até o apetite.
Freqüentemente, alimentos pouco calóricos apresentam um teor tóxico tão elevado - oriundo de corantes, conservantes, agrotóxicos, fertilizantes, metais pesados, hormônios e medicamentos - que acabam promovendo maior ganho de peso do que alimentos ricos em energia, mas dotados de propriedades funcionais anti-inflamatórias e antioxidantes; nesse sentido, o consumo de gelatina dietética pode realmente engordar mais do que o de abacate.
Outros exemplos de alimentos pró-inflamatórios são os embutidos, as carnes gordas, o leite integral, os doces, os refrigerantes, os alimentos refinados, os enlatados e os produtos industrializados em geral. Ademais, esses itens também tendem a acidificar o nosso organismo. Para estar em equilíbrio e reduzir a produção de substâncias inflamatórias, o pH sanguíneo precisa manter a alcalinidade.
A abundância desses elementos faz com que a dieta ocidental típica ofereça de vinte a cinqüenta vezes mais alimentos pró-inflamatórios do que anti-inflamatórios.
Encontramos exemplos de nutrientes com potencial anti-inflamatório no abacate e no azeite extravirgem de oliva (gordura monoinsaturada), na sardinha, no salmão e nas sementes de linhaça e de chia (ácidos graxos essenciais, os famosos ômegas) e nas frutas, nas hortaliças, nas leguminosas e nos produtos com cereais integrais na composição (carboidratos de baixo índice glicêmico, vitaminas e minerais).
Já compostos bioativos com ação anti-inflamatória podem ser encontrados, por exemplo, nas uvas (resveratrol), nas frutas vermelhas (antocianinas), na romã e na amora-preta (ácido elágico), no chá verde (catequinas), na maçã e nas frutas cítricas (quercetina), no tomate, na melancia e na goiaba (licopeno), no gengibre (gingerol), no azeite de oliva (tirosol), nas crucíferas, como brócolos e couve-flor (indol-3-carbinol e sulforafano), na cúrcuma (curcumina), na pimenta-vermelha (capsaicina), no própolis e nas hortaliças (apigenina) e na soja (genisteína).
Desse modo, a ingestão de elementos pró-inflamatórios, tão presentes na alimentação moderna, deve ser desencorajada e substituída pelo consumo freqüente de alimentos anti-inflamatórios, os quais reinaram na era pré-industrial.
Portanto, no combate à celulite e a quaisquer disfunções de natureza inflamatória recomenda-se, como freqüência, consumir uma porção de alimentos anti-inflamatórios a cada três horas, perfazendo, ao longo do dia, uma dieta rica em peixes, frutas, hortaliças, cereais integrais, leguminosas, mel, raízes, sementes, especiarias e ervas aromáticas.
                              
Referências Científicas:

1. BASTOS, D. H. M.; ROGERO, M. M.; ARÊAS, J. A. G. Mecanismos de ação de compostos bioativos dos alimentos no contexto de processos inflamatórios relacionados à obesidade. Arq Bras Endocrinol Metab; 53(5): 646-656, 2009.
2. CABRERAS, C. Dieta anti-inflamatória. Revista Pense Leve, p. 18-24, julho 2012.
3. CAVALHEIRO, T. et al. Combo anticelulite. Revista Boa Forma, p. 100-110, setembro 2012.
4. JACQUES, A. C.; ZAMBIAZI, R. C. Fitoquímicos em amora-preta (Rubus spp). Semina: Ciências Agrárias; 32(1): 245-260, 2011.
5. KOPPENOL, W. H.; BOUNDS, P. L.; DANG, C. V. Otto Warburg’s contributions to current concepts of cancer metabolism. Nature Reviews – Cancer; 11: 325-337, 2011.


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Entendo sobre o Sono e a sua influência com a Nutrição!



Seres humanos possuem um relógio natural que determina que diferentes processos fisiológicos devem ocorrer na presença de luz e em sua ausência. Durante a noite, que naturalmente é escura, produzimos um hormônio denominado melatonina, responsável pela sensação de sono. Este mesmo hormônio é responsável por neutralizar o excesso de radicais livres durante o sono, evitando os danos celulares responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo aparecimento de neoplasias. A melatonina é produzida na glândula pineal, a partir da serotonina, neurotransmissor responsável por sensações prazerosas. A melatonina não é produzida em quantidade ideal caso não haja o ambiente escuro necessário a sua síntese, ou se houver insuficiência dos nutrientes responsáveis pela produção de sua precursora, a serotonina, como magnésio, vitaminas B12, B6, folato e o aminoácido triptofano.
Outro hormônio produzido durante o sono é o hormônio do crescimento (GH). O GH induz o crescimento em crianças, enquanto em adultos, é importante para a correta renovação celular, manutenção da massa muscular e redução da gordura corporal. Se o sono é insuficiente, o GH não é produzido em quantidade suficiente. Em situações de estresse, como em sono insuficiente, a glândula supra-renal secreta os hormônios adrenalina e cortisol. A adrenalina acelera os batimentos cardíacos e reduz o diâmetro dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial, enquanto o cortisol induz a resistência à insulina e conseqüente deposição de gordura na região abdominal, entre outros efeitos.
Indivíduos com sono insuficiente têm maior predisposição à obesidade se comparados a pessoas que dormem bem. Além de toda a desregulação hormonal que leva o organismo a acumular gordura e perder massa muscular, neuropeptídeos denominados orexinas são secretados durante o estado de vigília, e são responsáveis pela manutenção deste e pelo estímulo à ingestão de alimentos. Por isso, passar a noite acordado aumenta a ingestão de alimentos e aumenta o risco de obesidade.
A evolução adaptou o ser humano a estar em alerta durante o dia e a dormir durante a noite, e a inversão dos ciclos biológicos naturais acarreta em sérios riscos à saúde. Apagar as luzes e desligar aparelhos eletrônicos durante a noite é uma medida simples e eficaz contra a insônia. Ingerir adequadamente alimentos fonte dos nutrientes necessários à produção de serotonina e melatonina, como cereais integrais, vegetais folhosos verdes escuros, carnes e chocolate amargo pode também ajudar a ter uma noite de sono tranqüila. A ingestão de álcool ou cafeína e a restrição energética podem reduzir a secreção de melatonina, e assim, atrapalhar o sono.
Para melhores resultados, lembre-se sempre de consultar um nutricionista que poderá passar orientações individuais específicas.

·      Referências Bibliográficas

·      FROY, O. Metabolism and circadian rhythms–implications for obesity. Endocr Rev; 31(1):1-24, 2010.
·      BRANDENBERGER, G.; WEIBEL, L. The 24-h growth hormone rhythm in men: sleep and circadian influences questioned. J Sleep Res; 13(3):251-5, 2004.
·      SEOANE, L.M.; TOVAR, S.A.; PEREZ, D.; Orexin A suppresses in vivo GH secretion. Eur J Endocrinol;  150(5):731-6, 2004.
·      KANALEY, J.A.; WELTMAN, J.Y.; PIEPER, K.S.; et al. Cortisol and growth hormone responses to exercise at different times of day. J Clin Endocrinol Metab; 86(6):2881-9, 2001.
·      REA, M.S.; FIGUEIRO, M.G.; SHARKEY, K.M.; CARSKADON, M.A. Relationship of morning cortisol to circadian phase and rising time in young adults with delayed sleep times. Int J Endocrinol; 2012:749460, 2012.
·      KORKMAZ, A.; REITER, R.J.; TOPAL, T.; et al. Melatonin: an established antioxidant worthy of use in clinical trials. Mol Med; 15(1-2):43-50; 2009.
·      ESPAÑA, R.A.; SCAMMELL, T.E. Sleep neurobiology from a clinical perspective. Sleep; 34(7):845-58, 2011.

·      PEUHKURI, K.; SIHVOLA, N.; KORPELA, R. Dietary factors and fluctuating levels of melatonin. Food Nutr Res; 56, 2012.


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CONSCIENTIZAÇÃO NUTRICIONAL: Bebidas alcoólicas X Mulheres!



b
O uso de bebidas alcoólicas tem se tornado cada vez mais comum, fato extremamente prejudicial à saúde da população. Não é segredo para a maior parte das pessoas que o abuso de álcool pode elevar o risco para doenças hepáticas e alguns tipos de câncer, contudo, os malefícios causados por esta substância são, na verdade, ainda maiores. A revista Saúde de Fevereiro de 2013 publicou uma reportagem intitulada “O peso do álcool”, que abordou o efeito da ingestão alcoólica sobre o aumento de peso corporal enfatizando o alto valor energético fornecido pelo álcool (7 kcal/ml). Esta abordagem, apesar de correta, não explica todos os efeitos negativos do alcoolismo sobre a saúde humana.
O álcool inicia seu “estrago” no organismo devido a sua estrutura molecular que penetra e se difunde rapidamente pelas células humanas. Tal característica confere a este elemento a capacidade de lesionar as mucosas oral, esofágica, gástrica e intestinal, aumentando risco para neoplasias e lesões inflamatórias.
Após sua absorção, o álcool é metabolizado predominantemente no fígado por duas principais vias, embora existam outras não menos importantes. Uma delas consiste em transformar o etanol em acetaldeído por meio da enzima álcool desidrogenase. Esta transformação demanda grande quantidade de vitamina B3 na forma de NAD, reduzindo a biodisponibilidade deste nutriente para manutenção dos níveis glicêmicos, respiração celular e utilização de gorduras como fonte de energia. A segunda forma de metabolização é mais frequente em etilistas crônicos e na ingestão moderada a alta de álcool. Consiste na transformação do etanol ao mesmo acetaldeído por meio de uma enzima do citocromo P450. Esta via produz grande quantidade de radicais livres, que por sua vez, lesionam as células, aumentando o risco para neoplasias, doenças hepáticas e envelhecimento precoce, entre outros malefícios. Nutrientes antioxidantes como vitaminas C e E, zinco e selênio têm suas demandas aumentadas para neutralizar os radicais produzidos. A expressão aumentada de enzimas do citocromo P450 pode também ativar toxinas carcinogênicas.
É sabido que a ingestão alcoólica exagerada depleta as vitaminas do complexo B, o que pode levar a alterações neurológicas como perda de memória pode ser causada por deficiência das vitaminas deste complexo. As vitaminas lipossolúveis (A, C E e K) também são afetadas pela inapetência, lesão hepática e esteatorréia causada pela reduzida secreção biliar. O metabolismo ósseo, a função antioxidante, a coagulação sanguínea, a saúde ocular e outras funções podem se apresentar comprometidas por deficiência de tais vitaminas.  Minerais como cálcio, zinco, selênio e magnésio podem apresentar absorção reduzida, assim como utilização e excreção aumentadas. São exemplos de ações de tais minerais a participação no sistema antioxidante, formação óssea, contração e relaxamento muscular,  e formação de neurotransmissores. Sendo assim, o alcoolismo diminui a disponibilidade de praticamente todos os micronutrientes para as funções normais do organismo, afetando este como um todo.
A ingestão alcoólica é prejudicial à saúde, apesar de ser frequentemente estimulada pela mídia através de propagandas e de ser tratada por esta como segura e até benéfica quando realizada de forma moderada. O conceito de moderação, porém, é subjetivo, e muitas pessoas que consomem quantidades elevadas. As pesquisas científicas que demonstraram algum benefício da ingestão de bebidas alcoólicas foram realizadas com quantidades mínimas, não condizentes com a realidade da nossa população.

Referências bibliográficas:

·      MATTÍNEZ, M.C.L.; HERRERA, M.O. Bebidas alcohólicas. In: HERNÁNDEZ, A.G. Tratado de Nutrición. Editora Díaz de Santos: Madrid, 2005.
·      STRÖHLE, A.; WOLTERS, M.; HAHN, A. Alcohol intake–a two-edged sword. Part 1: metabolism and pathogenic effects of alcohol. Med Monatsshr Pharm; 35(8): 281-92, 2012.
·      TESTINO, G.; BORRO, P.; ANCARANI, O. et al. Human carcinogenesis and alcohol in hepato-gastroenterology. Eur Rev Med Pharmacol Sci; 16(4): 512-8, 2012.
·      CHOPRA, K.; TIWARI, V. Alcoholic neuropathy: possible mechanisms and future treatment possibilities. Br J Clin Pharmacol; 73(3): 348-62, 2012.
·      CLUGSTON, R.D.; BLANER, W.S. The adverse effects of alcohol on vitamin A metabolism. Nutrients; 4(5): 356-71, 2012.
·      SHER, L. Role of selenium depletion in the etiopathogenesis of depression in patients with alcoholism. Med Hypotheses; 59(3): 330-3, 2002.
·      ROMANI, A.M. Magnesium homeostasis and alcohol consumption. Magnes Res; 21(4): 197-204, 2008.


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Porque será que envelhecemos? Dicas para envelhecer com saúde!

Não sabemos porque envelhecemos, mas os cientistas possuem várias hipóteses para este processo fisiológico. As mesmas consideram fatores como a programação genética das células, o estilo de vida e os acúmulos de danos ao DNA (principalmente induzidos pelo excesso de radicais livres).
Geneticistas já sabem hoje que a desmetilação (perda do grupamento metil ou CH3), leva à expressão exagerada do gene miR-34a em todas as células, acelerando o envelhecimento das mesmas. Porém, parecem existir muitos outros genes específicos em cada tecido que passam pelo mesmo processo.
Este é um dos focos atuais das pesquisas epigenéticas. Um dos problemas relatados pelos cientistas, para o avanço da área é a dificuldade de acesso a material humano fresco, incluindo tecidos saudáveis, pele e sangue. Por isto, a maior parte dos estudos ainda é feita com animais.
Apesar de não podermos mudar a nossa genética, temos algum controle sobre o ambiente e podemos optar por praticar atividade física moderada, não fumar, não consumir drogas ilícitas, diminuir o consumo de álcool e açúcar, buscar manter um peso saudável e incluir na dieta alimentos que fornecem nutrientes (ácido fólico, vitaminas B12, B5 e B6, colina, selênio, zinco, polifenóis, metionina, fibras, betaína e magnésio) capazes de metilar adequadamente nosso DNA, reduzindo a velocidade do envelhecimento e o aparecimento de doenças como o câncer.

Abaixo, seguem fontes de nutrientes importantes:

• Betaína:
Farelo de trigo, gérmen de tripo, espinafre cozido, beterraba, camarão

• Colina:
Ovo, gérmen de trigo, farelo de trigo, semente de mostarda, soja, farelo de aveia

• Fibras:
Cereais integrais, frutas e vegetais, algas marinhas

• Folato:
Vegetais folhos verde escuro, levedo de cerveja, semente de girassol, feijão

• Genisteína:
Soja, leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico)

• Metionina:
Carne vemelha, leguminosas, oleaginosas, espinafre, milho, alho

• Polifenóis:
Frutas e vegetais

• Selênio:
Oleaginosas (nozes e castanhas)

• Vitamina A:
Cenoura, tomate, mamão, batata doce, manga, espinafre, brócolis, melão

• Vitamina B6:
Cereais integrais, oleaginosas, banana, salmão, frango, batata, camarão

• Vitamina B12:
Carnes, frutos do mar, algas marinhas

• Zinco:

Ostras, carnes vermelhas, cereais integrais e oleaginosas


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Matérias da Nutri Cris publicada no Jornal Correio de Notícias, confira!

Olá Pessoal! Estou na página 2 dos jornais em várias matérias especiais, espero que gostem. Clique no link no qual abrirá uma nova tela para que possa visualizar a matéria na íntegra.

Abraços!

Edicão 733
http://www.youblisher.com/p/728677-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-733/ 

 Edicão 732
http://www.youblisher.com/p/724988-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-732/



Edicão 731
http://www.youblisher.com/p/718739-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-731/
Edicão 730
http://www.youblisher.com/p/713451-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-730/

 
 Edicão 729
http://www.youblisher.com/p/710801-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-729/

Edicão 728
http://www.youblisher.com/p/704744-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-728/

Edicão 727
http://www.youblisher.com/p/699305-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-727/
Edicão 726   
http://www.youblisher.com/p/694330-Jornal-Correio-de-Noticias-Edicao-726/


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NOVIDADE: Novo iogurte cremoso é feito sem lactose, mas à base de leite!



Quem tem intolerância a lactose sabe o quanto é difícil montar um cardápio saudável e ao mesmo tempo saboroso no dia a dia. A maioria dos produtos sem lactose à venda hoje no mercado são feitos a base de soja, o que além de alterar o sabor deixa de lado os benefícios do leite. A Danubio está lançando um produto inovador, sem lactose, porém feito à base de leite.
Isso contribui para que o Iogurte Danubio mantenha todas as características dos produtos lácteos, como as vitaminas, o cálcio e as proteínas do leite.
Alérgicos à proteína do leite devem ter muita atenção, pois este produto não é indicado neste caso.
A ausência de lactose também ajuda na digestão, tornando o iogurte mais leve, e ao mesmo tempo muito nutritivo, podendo ser consumido também por quem não é intolerante.
A presença de leite no Iogurte Danubio é o que faz ele ter uma cremosidade e consistência firme, ideal para comer com colher. Já as frutas in natura garantem o sabor. O produto está disponível nos sabores Morango, Physalis e Integral.

Outro benefício do Iogurte Danubio está em sua embalagem. Feita de vidro, garante o frescor do iogurte por mais tempo, além de ser reciclável infinitamente. O pote de vidro foi pensado não só pelo cuidado com o alimento, mas também pelo bem-estar do consumidor.
A média de preço é R$2,69 reais cada.





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SÓDIO - "O mal do século"!



É isso mesmo. Se cada pessoa reduzisse apenas 1,3g do consumo diário de sal, ao final de 1 ano, haveria menos 150.000 mortes em todo o mundo.
Esta pequena redução se traduziria em 20% menos casos de hipertensão arterial, com consequente redução da mortalidade por derrames (em 14%), e por doença do coração (9%), representando todo este montante de vidas salvas anualmente.
Isto tudo considerando-se apenas o risco cardiovascular do sódio, pois o consumo excessivo de sal também está associado ao câncer gástrico podendo contribuir, ainda, para o desenvolvimento da osteoporose.

QUE TAL INICIAR A SUA REDUÇÃO HOJE?

Reduza o sal adicionado aos alimentos, e especialmente produtos com excesso de sal como:

 

Referências

Dickinson BD, Havas S. Reducing the population burden of cardiovascular disease by reducing sodium intake. Arch Int Med. 2007;167(14):1460-8. DOI: 10.1001/archinte.167.14.1460]

Tsugane S, Sasazuki S. Diet and the risk of gastric cancer: review of epidemiological evidence. Gastric Cancer. 2007;10(2):75-83. DOI: 10.1007/s10120- 007-0420-0

Frassetto LA, Morris Jr RC, Sellmeyer DE, Sebastian A. Adverse effects of sodium chloride on bone in the aging human population resulting from habitual consumption of typical American diets. J Nutr. 2008;138(2):S419-22.
 

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8 pães de uma vez - você já consumiu?



Você sabia que consumir 1 pacote de biscoito recheado, em termos de calorias, equivale a consumir 8 pães?

Além de uma quantidade maior de açúcar e poucos nutrientes essenciais.

Veja a mistura do açúcar e da gordura do biscoito recheado. É isso que entra no nosso corpo:

 
 

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Você conhece o Alfarroba - "o falso chocolate" saudável!



Tem cara de chocolate, gosto de chocolate, mas não é chocolate. Além de nutritivos, os produtos feitos com alfarroba são isentos de lactose, glúten e açúcar, podendo ser consumidos inclusive por quem tem alergia ao leite
 Apesar de não ter sido tão difundida como o cacau, a Alfarroba já era usada pelos Egípcios há mais de 5.000 anos. Fruto da Alfarrobeira, árvore nativa do mediterrâneo, a alfarroba é uma vagem da qual se extrai a polpa que é torrada e moída para se obter o pó usado na substituição do cacau.
De tempos para cá tem se falado bastante da tal alfarroba. Os grãos desta leguminosa são transformados em um alimento parecido com o chocolate.
Naturalmente doce, a Alfarroba dispensa o uso de açúcar na fabricação de seus produtos. É uma ótima alternativa ao chocolate, pois além de não conter estimulantes como cafeína e teobromina, ela é rica em vitaminas e minerais. Em 100gr do produto você encontra 303mg de cálcio, 633mg de potássio e 126mg de fósforo, além de outros minerais como ferro e zinco e vitaminas E, B6 e B12.
 
 
Estudo recentes mostraram que a alfarroba não contém glúten e possui potencial antioxidante muito elevado, semelhante ao do azeite e superior ao do vinho, o que leva os investigadores a acreditarem que os componentes do fruto pode ser úteis no combate aos radicais livres e doenças crônicos-degenerativas.
Também reduz efetivamente a assimilação da ingestão diária do excesso de colesterol, devido ao seu teor e qualidade das fibras. Seu poder na redução do colesterol do sangue é o dobro de outras fibras.
 
 
 
 
 

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AVISO IMPORTANTE: Doença na Família (Meu Pai!)

É com muita tristeza que dou esta notícia aos meus queridos pacientes, estou no hospital com o meu pai que está muito doente com metástase de pâncreas, rim, fígado e pulmão, deste modo não irei atualizar o blog por estes dias.
Obrigada pela compreensão.
Muita Força e Fé em Deus neste momento tão difícil.
 
Abraços.
 
Cristiane S. Oselame

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USO DA GLUTAMINA SEM ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL x RISCOS A SÁUDE!



Cuidado com o uso prolongado da glutamina! Apesar de ser um nutriente importantíssimo para a saúde, tanto do intestino (tratamento de enfermidades gastrintestinais), quanto nas terapias anticâncer, na melhoria da resposta imune em pacientes queimados e no aumento da força muscular, alguns estudos vem mostrando que o uso excessivo de glutamina pode aumentar o crescimento do fungo Cândida albicans no corpo.
Tanto que a glutamina é utilizada nos laboratórios como um dos nutrientes importantes para o estudo da Cândida.
Os sintomas de candidíase vão desde fadiga excessiva, dores musculares, tendência à acne, irritação, distúrbios nervosos, compulsão por doces, até comprometimentos digestivos e dores de cabeça.

Por isto, nunca faça uso indiscriminado de qualquer suplemento. Consulte sempre seu nutricionista clínico e, no caso da glutamina, tenha ainda mais cuidado se tiver histórico de vaginites causadas por este fungo ou se for portador do vírus HIV.


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SUGESTÃO: novo iogurte sem lactose! Confira...




Dando continuidade ao meu histórico de inovação, diferenciação e atendimento ao paciente, chegou aos mercados nesse mês  o Lac Free Ameixa.  Também nas opções Natural e Morango, os iogurtes Lac Free  são indicados a todas as pessoas que desejam uma alimentação leve e saudável e aquelas que possuem intolerância à lactose. Como não apresentam adição de açúcar também podem serem consumidos por  diabéticos.
A principal característica dos produtos livres de lactose é sua alta digestibilidade. Isso ocorre porque a molécula de lactose é transformada em moléculas mais simples durante o processo produtivo. Isso é feito através da adição da enzima lactase – responsável pela quebra das moléculas de lactose, simulando o que acontece no organismo humano durante a digestão.
Como resultado final, os nutrientes do leite (em especial as proteínas e o cálcio) são absorvidos de maneira mais rápida e eficiente pelo organismo, trazendo uma sensação de leveza e bem-estar.

A Verde Campo também tem o queijo Cottage Lac Free que vem para atender o interesse dos nossos consumidores por um produto sem lactase no setor de queijos.






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3 matérias publicadas no Jornal Correio de Notícias - Confira!

Para ter acesso as matérias na íntegra, basta clicar no link abaixo de cada imagem.










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Estudo Científico 2013 fala sobre o Gengibre X Orlistat - Confira!



Estudo publicado este ano mostrou que a adição de 5% de gengibre em pó à dieta de ratos promoveu perda de peso similar àqueles que consumiram dieta adicionada de orlistat, medicamento inibidor da absorção de gorduras. Além disso, nos animais suplementados com gengibre houve um maior aumento do HDL-c  (o “colesterol bom”)
O consumo do orlistat pode desencadear uma série de efeitos colaterais como desconforto abdominal, dores de cabeça, dores nas costas, flatulência, esteatorréia e até aumento de infecções do trato respiratório superior.  Já o FDA classifica o gengibre como um alimento seguro, sem efeitos colaterais significativos. Mesmo assim, lembre que alimentos com propriedades termogênicas devem ser evitados por indivíduos que possuam hipertireoidismo ou insônia.
O gingerol da raiz possui ainda propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Também ajuda a combater enjoos, gases, indigestão, náuseas e mal hálito.
O gengibre pode ser consumido em seus chás, sucos, molhos, sopas.   

Para ter acesso ao artigo científico na íntegra, acesse o link abaixo:

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Resveratrol: Estudos revelam inúmeros benefícios - confira!



Pesquisadores do Instituto Linus Pauling da Universidade do Oregon mostraram que os estilbenóides, pigmentos de frutas e verduras, como o resveratrol presente nas uvas roxas e o pterostilbeno dos mirtilos, trabalham em sinergia com a vitamina D melhorando a função imunológica. O que ocorre é que estas substâncias aumentam a expressão do peptídio antimicrobiano catelicidina humana, ou gene CAMP, que está envolvido na função imune.
O resveratrol tem sido alvo de estudo há anos, apresentando vários benefícios na saúde como melhoria da função cardiovascular e redução da inflamação sistêmica. Estilbenóides são compostos produzidos naturalmente por algumas plantas como forma de defesa, combatendo infecções.
Apesar do interesse nestes compostos ainda não existem informações suficientes sobre a  biodisponibilidade dos mesmos, já que os estudos foram conduzidos in vitro. Estudos em seres humanos serão agora necessários.

Mesmo assim, vale a pena continuar consumindo alimentos roxos pois estes contém uma série de vitaminas, minerais e outros pigmentos, como as antocianinas, com potentes propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e anticancerígenas.



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